29 março 2007

Fluminense vence Fla-Flu de virada


O Fla-Flu de hoje à noite no Maracanã era um jogo decisivo para as duas equipes, em que a derrota significaria a eliminação. Para o Flamengo, da Taça Rio; para o Fluminense, do próprio campeonato carioca. Era de se esperar que o Fluminense fosse o time mais interessado na vitória, mas não foi isso o que se viu em campo. Em ritmo de treino, as duas equipes se arrastavam, cumprindo tabela. O Flamengo, bem melhor organizado, dominava a posse de bola e marcava bem o Fluminense, que sequer conseguia armar um contra-ataque.

Em ritmo lento e sem criatividade, o Fluminense se limitava a chuveirinhos que eram facilmente interceptados pelo bom goleiro rubro-negro, Bruno. Em um desses chuveirinhos, após uma falta cobrada por Carlinhos, Bruno faz a defesa e lança a bola para o contra-ataque flamenguista. Roni cai pela ponta-esquerda, aproveitando o buraco deixado pela subida de Carlinhos ao ataque, Fabinho falha na marcação, e Roni consegue cruzar rasteiro para Souza abrir o placar.

A derrota parcial no intervalo foi um placar justo para o Fluminense, que entrou em campo mal escalado, com Fernando Henrique no gol e Romeu de volante. Fernando Henrique não falhou no lance do gol flamenguista, mas em duas oportunidades teve mais sorte do que juízo. No primeiro tempo, saiu mal do gol e por sorte Renato não conseguiu encobri-lo de cabeça. No segundo tempo, repetiu o erro e o Flamengo mandou uma bola no travessão. Romeu era outra nulidade em campo e protagonizou vários lances bizarros. No pior de todos, caiu sentado e deixou a bola para o contra-ataque do Flamengo. Na lateral esquerda, Ivan também não vinha bem e quase não arriscava uma subida ao ataque. Quando resolvia subir, perdia a bola infantilmente e deixava uma avenida às suas costas.

O Fluminense deu a sorte (e teve a competência) de voltar mais ligado para o segundo tempo e conseguir o empate logo no reinício do jogo, com Cícero completando de primeira um cruzamento de Carlinhos. O gol abalou a equipe do Flamengo por cerca de 15 minutos, em que o Fluminense foi todo pressão, mas não conseguiu converter as chances em gol. A partir daí, o Flamengo voltou a jogar melhor. Renato Augusto puxava os contra-ataques e era o melhor jogador do Flamengo. Fernando Henrique defendeu um bom chute de Renato Augusto. Outra bola foi na trave, e Thiago Silva, o nosso melhor jogador em campo, salvou pelo menos outros dois lances.

Aos 25 minutos, substituições em massa: o Flamengo tira Roni e põe Juninho Paulista. O Fluminense tira Soares, que vinha mal na partida e põe Lenny, que foi pior. Ia tirar David para a entrada de André Moritza, mas Carlinhos sente uma contusão e tem que sair. Romeu deveria vir para a lateral direita, mas passa ainda cinco minutos jogando de volante até que alguém consegue avisá-lo que ele deveria ser lateral. Coisas de um time sem comando como o Flu. Que falta faz o Marcão...

David acaba saindo mais tarde, no finzinho do jogo, cansado, para a entrada de Thiago Neves. Cícero cai no meio campo, sentindo câimbras, mas o Fluminense já havia queimado as três substituições. E nesse finzinho de jogo, o Fluminense consegue encontrar a sua melhor formação. André Moritz entrou muito bem no jogo, ocupando o meio-campo, defendendo e atacando. Aos 41 minutos, Irineu, zagueiro do Flamengo vai cortar uma bola e espirra o taco. A bola sobra a feição para Alex Dias marcar. Só ele o goleiro Bruno pela frente, mas Alex Dias erra a conclusão e chuta para fora. Seria o gol da virada. Quando ninguém esperava mais nada, aos 48 minutos do segundo tempo, Thiago Neves toca para Alex Dias, que toca de primeira para dentro da área. Cícero entra na corrida e toca para o gol, também de primeira. Bruno ainda toca na bola, mas ela entra.

O Fluminense consegue uma vitória injusta, mas não importa. Ainda estamos vivos no campeonato e voltamos a vencer um clássico, depois de um ano. Agora é esperar para ver se Joel vai manter no time os jogadores que mostraram evolução, ou se vai continuar insistindo com Carlos Alberto, gordo e fora de forma.






FICHA TÉCNICA - SÚMULA
FLUMINENSE 2 X 1 FLAMENGO

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data - hora: 29/03 - 20h30min

Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ)
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues e Delcio da Silva Brum (RJ)

Cartões Amarelos: David, Fabinho (FLU); Leonardo (FLA)
Cartões Vermelhos: Não houve.

Borderô:
Renda: R$ 200.905,00
Público: 11.288 pagantes

GOLS: Souza, 29'/1ºT (0-1); Cícero, 1'/2ºT (1-1); Cícero, 48'/2ºT (2-1)

FLAMENGO: Bruno, Luisinho (Leandro Salino, intervalo), Irineu, Ronaldo Angelim e Juan; Paulinho, Léo Medeiros, Renato e Renato Augusto; Roni (Juninho Paulista, 23'/2ºT) e Souza (Leonardo, 37'/2ºT). Técnico: Ney Franco.

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Carlinhos (André Moritz, 23'/2ºT), Thiago Silva, Luiz Alberto e Ivan; Fabinho, Romeu, Cícero e David (Thiago Neves, 37'/2ºT) ; Alex Dias e Soares (Lenny, 23'/2ºT). Técnico: Joel Santana.

24 março 2007

Um time sem alma

Alex Dias
O que esperar de um jogo quando acordo, compro os jornais e leio isto:

“Minha história no futebol é assim. Já consegui sair de situações difíceis e dar a volta por cima. Respeito o adversário, mas só penso em vencer. Se perder ponto, estou fora. Isso não pode passar pela minha cabeça.”

Quem lê esse trecho, todo falado na primeira pessoa (coisa que não pode acontecer em um esporte coletivo como o futebol) pensa que se trata de uma declaração do craque do time. Mas não – muito pior – é uma declaração do técnico Joel Santana.

E ele continua a sua egotrip:

“Não vou ficar chorando pelo leite que caiu no chão nem falar sobre hipóteses para o futuro. Minha conversa com a diretoria não foi a de um técnico aventureiro. Para me tirar e colocar alguém, tinha que ser o Felipão, o Parreira ou o Luxemburgo. Os outros todos são do mesmo nível que eu” - viaja.

Não vou nem comentar essa sandice de um técnico mediano querer se comparar a esses técnicos consagrados. Só quero chamar a atenção para esse tipo de declaração à imprensa às vésperas de um jogo decisivo para o Fluminense. Ninguém fala no jogo, ninguém fala no adversário, ninguém fala nos jogadores, que são, em última análise, quem vence ou perde os jogos. Por essa declaração do Joel Prancheta, dá para adivinhar que sua nova passagem pelo Fluminense não durará muito tempo. “Eu venci, nós empatamos e vocês perderam” é coisa que nenhum jogador agüenta.

Bom, mas vamos ao jogo, realizado em Moça Bonita no esdrúxulo horário das 15:15. O que se viu dentro de campo foi o que se esperava do jogo: o jogo de um time entrosado contra um time desentrosado. O Madureira é o time que joga mais bonito nesse campeonato carioca. Uma bela surpresa. Se tivesse camisa poderia ter vencido a Taça Guanabara. Toca a bola de primeira e marca bem, não deixa o adversário entrar no jogo.

O Fluminense sentiu que o Madureira seria um adversário difícil logo nos primeiros minutos e se encolheu, não conseguindo encontrar espaços para atacar o adversário. Aos 15 minutos de jogo o Madureira já chegara com perigo em duas oportunidades. O gol estava amadurecendo, e foi acontecer aos 34 minutos, com Muriqui, após Carlos Alberto perder a bola no meio campo. Carlos Alberto, o "craque" do time, teve uma atuação bisonha em que parecia estar fugindo do jogo, se escondendo em campo. Nas poucas vezes em que a bola chegou a seus pés nada fazia de útil, procurando quase sempre o drible, a jogada individual, facilmente impedida pelo adversário. Antes do jogo, em uma entrevista, ele admitiu ainda não estar 100% recuperado da contusão no quadril e estava com medo do contato físico. Então, por que foi escalado? E por que não foi substituído no intervalo?

Em vez disso, no intervalo Joel Cachaça tirou Cícero e Soares e botou em campo Lenny e Rafael Moura. O Fluminense ganhou mais vontade com esses dois, mas não chegou a lugar algum. São dois jogadores que jogam individualmente, para si. E, ao lado de Carlos Alberto, que também joga sozinho, o Fluminense no segundo tempo foi isso: um amontoado de jogadores tentando resolver o jogo em jogadas individuais. É claro que não poderia dar certo diante de um adversário consciente e muito bem postado em campo, como o bom time do Madureira. A vitória poderia ter sido maior não fosse o goleiro Fernando Henrique ter feito duas defesas importantes, em chutes de Maicon e Marcelo. O que também não significa coisa alguma, pois a dívida do Fernando Henrique com o Fluminense é imensa.

No intervalo, Carlos Alberto reclamou que faltava vontade nos seus companheiros, mas a verdade é que não se trata de um problema de falta de vontade. Vontade falta, é bem verdade, mas falta muito mais do que vontade. Falta inteligência, organização, jogadas ensaiadas, coletividade etc. Falta alma. Esse time do Fluminense é um time sem alma. Ou melhor, não é nem um time, é uma atividade comercial, um negócio, um sei lá o quê.


FICHA TÉCNICA - SÚMULA
MADUREIRA 1 x 0 FLUMINENSE
Estádio: Moça Bonita, Rio de Janeiro (RJ)

Data/hora: 24/3/2007 - 15h15min (de Brasília)
Árbitro: José Alexandre Barbosa Lima (RJ)
Auxiliares: Jorge Luis Campos Roxo e Dibert Pedroza Moises (RJ)

Cartões amarelos: Claudemir, Odvan, André Paulino, Zé Augusto e Marcelo (MADUREIRA). Carlinhos, Luiz Alberto e Junior Cesar (FLU).

Borderô:
Renda: R$ 19.670,00
Público pagante: 1.765

GOL: Muriqui, 34'/1ºT (1-0)

MADUREIRA: Everton, Claudemir, Odvan, Léo Fortunato e Amarildo; André Paulino, Wagner (Daniel, 8'/1ºT), Zé Augusto (Alex, 37'/2ºT) e Maicon (Osmar, 27'/2ºT); Muriqui e Marcelo - Técnico: Alfredo Sampaio

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Carlinhos, Luiz Alberto, Thiago Silva e Junior Cesar; Fabinho, Romeu, Carlos Alberto e Cícero (Lenny, intervalo); Alex Dias e Soares (Rafael Moura, intervalo)- Técnico: Joel Santana

18 março 2007

Flu perde a primeira na Taça Rio

Julio Cezar defende o penalti de Carlos Alberto
Quando Joel Santana decidiu dar mais uma oportunidade a Fernando Henrique, na semana passada, contra a Cabofriense, escalando-o como titular e barrando Ricardo Berna, eu sabia que mais cedo ou mais tarde ele voltaria a falhar. E não seria naquele jogo, mas em outro mais importante, e sua falha traria sérios prejuízos ao Fluminense. Não demorou muito tempo para a falha acontecer. Hoje, contra o Botafogo, Fernando Henrique pulou atrasado num chute de Diguinho, com o pé esquerdo, da intermediária, a quase 35 metros de distância. A bola entrou no canto e o Botafogo venceu o jogo.

Não se pode dar chance ao azar. Joel deu, escalando essa figura lamentável. Por sorte, não pôde botar em campo o Rafael, como fizera nas duas últimas partidas. Rafael contundiu-se contra o América de Natal e Joel foi obrigado a escalar o melhor lateral, Carlinhos. Melhor lateral, não: o melhor jogador do Fluminense na temporada, responsável por 70% das jogadas de gol. Mas como o Fluminense é um time ao contrário em que competência e eficiência em campo não são garantias de nada, e o jogador que tem um empresário mais influente é escalado em detrimento de um companheiro que está jogando melhor, temos que considerar que a contusão do Rafael foi um golpe de sorte pois entramos em campo com o Carlinhos, hoje.

Infelizmente não pudemos contar com o Arouca, e tivemos, mais uma vez, que ver o Romeu jogando de volante, ao lado do Fabinho. Nenhum dos dois joga melhor que o Marcão, mesmo velho. Mas como o Fluminense é um time ao contrário, dispensou o Marcão no início do ano a pedidos do PC Gusmão, que como técnico é um excelente preparador de goleiros. Tudo bem, a mala do PC Gusmão já está assombrando o Náutico e estão dizendo que o Marcão volta para disputar o Brasileirão. Vamos aguardar.

Voltando a falar do jogo, foi um clássico disputado, com poucas chances do gol para cada lado. O Fluminense teve as melhores chances, mas perdeu todas. A melhor de todas, um pênalti desperdiçado por Carlos Alberto, batido à meia altura e defendido pelo bom goleiro Júlio César. Um goleiro que sabe sair do gol, sabe defender e sabe fazer cera na hora certa.

Carlos Alberto ainda não se encaixou no time. Vem buscar a bola na defesa do Fluminense, joga muito afastado da área. Quando recebe a bola tenta carregá-la até a área adversária, coisa que nunca consegue fazer, pois sofre falta antes disso. Não sabe se é meio campo ou atacante. Aliás, o que ele é eu também não sei. Pressupõe-se que um meio campo saiba passar uma bola, virar um jogo, cadenciá-lo quando for preciso. Um atacante joga dentro da área, finaliza e incomoda os zagueiros adversários. Carlos Alberto não faz nada disso. É um jogador à procura de uma posição.




FICHA TÉCNICA - SÚMULA
BOTAFOGO 1 X 0 FLUMINENSE

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data - hora: 18/03 - 18h10min
Árbitro: William Nery
Auxiliares: Ediney Guerreiro Mascarenhas e Paulo Sergio Durães Fernandes
Cartões amarelos: Romeu, Fabinho, Roger(FLU), Alex, Túlio, Juninho(BOT)
Cartão vermelho: Túlio (BOT)

Borderô:
Renda: R$ 488.355,00
Público pagante: 24.421

GOLS: 21'/2º Diguinho (BOT)

BOTAFOGO: Júlio César, Joilson, Juninho, Alex e Luciano Almeida(Asprilla - 33'/2ºT); Túlio, Diguinho, Zé Roberto e Lucio Flavio(Leandro Guerreiro - 20'/2ºT)); Jorge Henrique(Luís Mário - 20'/2ºT) e Dodô. Técnico: Cuca

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Carlinhos, Thiago Silva, Luiz Alberto e Roger; Fabinho, Romeu, Cícero(Lenny - 26'/2ºT) e Carlos Alberto; Alex Dias e Soares(Thiago Neves - 41'/2ºT). Técnico: Joel Santana.

12 março 2007

Patinando sem sair do lugar

Alex Dias
O Fluminense foi o último time grande a estrear no segundo turno. Quando entrou em campo ontem, para enfrentar a Cabofriense, já sabia que teria que vencer o jogo, pois seus adversários diretos na chave, Vasco e América, também venceram seus jogos. Na preliminar o Botafogo goleou o Friburguense por 7 a 0, aumentando mais ainda a pressão para cima do Flu.

A expectativa da torcida era enorme pois o time teve um grande período de treinamento já sob o comando de Joel e do novo preparador físico, Fabio Mahseredjian. Além disso nos dois últimos jogos, contra o Vasco e ADESG, o time mostrou evolução e jogou bem. Entretanto, logo nos primeiros minutos ficou claro que alguma coisa estava errada. O Fluminense não conseguia criar chances de gol, limitando-se a chuveirinhos na área, e não mantinha a posse de bola. Aos 17 minutos, depois de uma falha do lateral esquerdo Ivan, a Cabofriense abriu o placar. Foi o suficiente para ecoarem as primeiras vaias da torcida.

Ainda o primeiro tempo, o Fluminense conseguiu a virada, com dois gols de Alex Dias. O segundo, em bela jogada individual, num rápido contra-ataque em que foi lançado por Fabinho. As substituições de Joel pioraram o time. Rafael jogou pior que Carlinhos, que vinha sendo um dos destaques do time. No segundo tempo, Carlinhos entrou para dar mais movimentação e apoio ao ataque pelo lado direito e ainda marcou um belo gol, num chute fortíssimo de fora da área. Fernando Henrique também não jogou bem, foi pouco exigido pelo ataque da Cabofriense, mas mostrou hesitação em uma bola cruzada na área, sem falar que usa e abusa dos chutões para o ataque. Perdemos a saída de bola inteligente de Ricardo Berna, que sempre encontrava um companheiro bem colocado para sair jogando. Com os chutões de Fernando Henrique, nossa posse de bola fica ainda mais comprometida. O Fluminense precisa aumentar a posse de bola para cansar o adversário e descansar durante o jogo. Não é possível jogar apenas no contra-ataque, isso é uma tática simples demais para ser aplicada durante todo o jogo. É uma pena, mas hoje podemos dizer que o Fluminense regrediu taticamente do que apresentou no jogo contra o Vasco.



A triste conclusão é que já estamos no mês de março e ainda não temos time. Nosso time não tem alma. Não há conjunto, há apenas valores individuais esforçando-se isoladamente. Isso não leva a nada. Quem conquista títulos é a alma, já disse um cronista esportivo.

Depois da atuação de hoje, posso dizer que não acredito no Fluminense nesse campeonato. Há um caminho muito longo a percorrer e parece que estamos patinando sem sair do lugar. O que mais nos desanima é que quando finalmente conseguirmos formar um time, a diretoria irá desfazê-lo e tudo voltará à mesma.


FICHA TÉCNICA - SÚMULA

FLUMINENSE 3 x 1 CABOFRIENSE

Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 11/3/2007 - 18h10min (de Brasília)

Árbitro: Marcelo de Souza Pinto
Auxiliares: Élson Passos Senna Filho e Ronaldo Cristiano Kenupp

Borderô:
Público pagante: 13.119
Renda: R$ 151.565,00

Cartões amarelos: Esquerdinha (CAB)

Gols: 17'/1ºT (0-1) William; 31'/1ºT - (1-1) Alex Dias; 38'/1ºT - (2-1) Alex Dias; 33'/2ºT - Carlinhos (3-1)

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Rafael (Carlinhos - 24'/2ºT), Thiago Silva, Luiz Alberto e Ivan; Fabinho, Arouca, Cícero e Thiago Neves (Lenny - 24'/2ºT); Alex Dias e Soares (Romeu - 37'/2ºT). Técnico: Joel Santana

CABOFRIENSE: Gatti, Valdir, Cléberson, Everton e Leandro Luz (Júlio César - 11'/2ºT) ; Marcão, Jardel, Marcelinho e Esquerdinha; William (Fábio Pinto - 27'/2ºT) e Alexssandro (Luiz Carlos- 27'/2ºT). Técnico: Waldemar Lemos.

10 março 2007

O time de Joel

O Fluminense estréia amanhã na Taça Rio, contra a Cabofriense de Marcão e Joel anuncia várias mudanças no time titular. No gol, tira Ricardo Berna e dá mais uma oportunidade a Fernando Henrique. Na zaga, quem sai é Roger para a volta de Luiz Alberto, recuperado da contusão. Na lateral direita, Carlinhos vai para o banco para dar lugar a Rafael que, enfim, fará sua estréia pelo Fluminense.

A única mudança que entendemos é a volta de Luiz Alberto no lugar de Roger, que é um grande jogador, mas estava jogando improvisado na zaga. Luiz Alberto tem mais vigor e altura e é o titular da posição. Roger tem vaga fácil no time titular, mas é na lateral esquerda, pois Júnior César e Ivan ainda não jogaram uma grande partida este ano.

A volta de Fernando Henrique é lamentável. Talvez não lamentemos agora, nesse momento, mas certamente iremos lamentar mais tarde, quando ele tornar a falhar. Várias chances já foram dadas a esse rapaz que não conseguiu aproveitar nenhuma delas, mostrando sempre imaturidade para ser goleiro do Fluminense. Não conseguiu sequer barrar Kleber, um goleiro limitadíssimo, quando os dois disputavam posição em 2005. No ano passado quase levou o Fluminense ao rebaixamento quando inexplicavelmente espalmou uma bola para dentro do gol.

Quanto à troca de Carlinhos por Rafael, vou esperar o jogo de amanhã para comentar. Se Joel está barrando o melhor jogador do Fluminense neste ano, o jogador que criou as jogadas que originaram a maioria dos gols tricolores, bom motivo ele deve ter. No mínimo, Rafael deve estar arrebentando, comendo a bola nos treinos. Vamos ver.

07 março 2007

Assis retorna ao Fluminense

Branco e Assis
O lado esquerdo do Fluminense será reforçado a partir de agora. Branco, um dos maiores laterais esquerdos do Fluminense e do futebol mundial, agora coordenador de futebol do clube que o consagrou, trouxe o amigo Assis, também canhoto, para fazer integrar a comissão técnica do Fluminense. Assis terá o cargo de coordenador técnico das divisões de base, em Xerém, onde irá procurar novos jogadores e avaliar os atletas e técnicos de todas as divisões de base do clube.

Uma excelente contratação para o Fluminense, que se beneficiará da experiência e da estrela de Assis, além de fazer uma justa homenagem a quem foi o grande craque do timaço tricampeão carioca e campeão brasileiro na década de 80. Assis estava eufórico ao ser apresentado à imprensa e confessou estar tão emocionado como quando pisou pela primeira vez nas Laranjeiras, em 1983.

05 março 2007

A bruxa estava solta

A bruxa estava solta nesse fim de semana. Em São Paulo, Corinthians e Palmeiras fizeram o clássico da rodada, e dois jogadores, um de cada lado, tiveram contusões semelhantes no joelho: Nilmar e Alemão sofreram ruptura do ligamento cruzado anterior. A situação de Nilmar é a mais triste. O craque corintiano havia retornado aos campos há pouco tempo, vindo justamente de uma lesão como essa, só que no outro joelho. Agora serão pelo menos mais seis meses de recuperação, cirurgia e fisioterapia para que Nilmar possa voltar a jogar. A ironia é que esta contusão, assim como a primeira, também aconteceu num Palmeiras x Corinthians, sem que Nilmar tivesse tido qualquer choque com o adversário: torceu o joelho sozinho, o que pode demonstrar uma fragilidade e tendência do jogador a esse tipo de lesão.

O jogador, que é jovem ainda, poderá voltar a apresentar o futebol que encantou a todos nós. O enxerto que será implantado em seu joelho para fazer o papel do ligamento rompido, tem uma resistência três vezes maior que a do ligamento natural. Daqui a seis meses, com os dois joelhos novos, Nilmar dificilmente estará sujeito a outra contusão como essa. Curiosamente, Nilmar foi disputado pelo Flamengo, no início desta temporada, mas acabou permanecendo em São Paulo. Se tivesse vindo para o Flamengo, o time carioca estaria com os seus dois principais atacantes no estaleiro por seis meses com a mesma lesão. Obina também rompeu os ligamentos do joelho no domingo passado, no jogo contra o Vasco.

A bruxa não ficou apenas em São Paulo e passeou também pelo Maracanã, onde Madureira e Flamengo fizeram o primeiro jogo da decisão da Taça Guanabara. O Madureira foi superior e heróico, pois derrotou a arbitragem e o adversário. A bruxa se manifestou quando tirou o atacante Valdir Papel com fratura no pé, num lance em que ele tentou chutar para o gol quando deveria ter servido o companheiro livre.

E até mesmo o Fluminense, que não jogou neste domingo, mesmo este não conseguiu escapar da maré de azar. O goleiro Diego chocou-se com a trave nos treinamentos e saiu de campo com fortes dores no joelho.