18 março 2007

Flu perde a primeira na Taça Rio

Julio Cezar defende o penalti de Carlos Alberto
Quando Joel Santana decidiu dar mais uma oportunidade a Fernando Henrique, na semana passada, contra a Cabofriense, escalando-o como titular e barrando Ricardo Berna, eu sabia que mais cedo ou mais tarde ele voltaria a falhar. E não seria naquele jogo, mas em outro mais importante, e sua falha traria sérios prejuízos ao Fluminense. Não demorou muito tempo para a falha acontecer. Hoje, contra o Botafogo, Fernando Henrique pulou atrasado num chute de Diguinho, com o pé esquerdo, da intermediária, a quase 35 metros de distância. A bola entrou no canto e o Botafogo venceu o jogo.

Não se pode dar chance ao azar. Joel deu, escalando essa figura lamentável. Por sorte, não pôde botar em campo o Rafael, como fizera nas duas últimas partidas. Rafael contundiu-se contra o América de Natal e Joel foi obrigado a escalar o melhor lateral, Carlinhos. Melhor lateral, não: o melhor jogador do Fluminense na temporada, responsável por 70% das jogadas de gol. Mas como o Fluminense é um time ao contrário em que competência e eficiência em campo não são garantias de nada, e o jogador que tem um empresário mais influente é escalado em detrimento de um companheiro que está jogando melhor, temos que considerar que a contusão do Rafael foi um golpe de sorte pois entramos em campo com o Carlinhos, hoje.

Infelizmente não pudemos contar com o Arouca, e tivemos, mais uma vez, que ver o Romeu jogando de volante, ao lado do Fabinho. Nenhum dos dois joga melhor que o Marcão, mesmo velho. Mas como o Fluminense é um time ao contrário, dispensou o Marcão no início do ano a pedidos do PC Gusmão, que como técnico é um excelente preparador de goleiros. Tudo bem, a mala do PC Gusmão já está assombrando o Náutico e estão dizendo que o Marcão volta para disputar o Brasileirão. Vamos aguardar.

Voltando a falar do jogo, foi um clássico disputado, com poucas chances do gol para cada lado. O Fluminense teve as melhores chances, mas perdeu todas. A melhor de todas, um pênalti desperdiçado por Carlos Alberto, batido à meia altura e defendido pelo bom goleiro Júlio César. Um goleiro que sabe sair do gol, sabe defender e sabe fazer cera na hora certa.

Carlos Alberto ainda não se encaixou no time. Vem buscar a bola na defesa do Fluminense, joga muito afastado da área. Quando recebe a bola tenta carregá-la até a área adversária, coisa que nunca consegue fazer, pois sofre falta antes disso. Não sabe se é meio campo ou atacante. Aliás, o que ele é eu também não sei. Pressupõe-se que um meio campo saiba passar uma bola, virar um jogo, cadenciá-lo quando for preciso. Um atacante joga dentro da área, finaliza e incomoda os zagueiros adversários. Carlos Alberto não faz nada disso. É um jogador à procura de uma posição.




FICHA TÉCNICA - SÚMULA
BOTAFOGO 1 X 0 FLUMINENSE

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data - hora: 18/03 - 18h10min
Árbitro: William Nery
Auxiliares: Ediney Guerreiro Mascarenhas e Paulo Sergio Durães Fernandes
Cartões amarelos: Romeu, Fabinho, Roger(FLU), Alex, Túlio, Juninho(BOT)
Cartão vermelho: Túlio (BOT)

Borderô:
Renda: R$ 488.355,00
Público pagante: 24.421

GOLS: 21'/2º Diguinho (BOT)

BOTAFOGO: Júlio César, Joilson, Juninho, Alex e Luciano Almeida(Asprilla - 33'/2ºT); Túlio, Diguinho, Zé Roberto e Lucio Flavio(Leandro Guerreiro - 20'/2ºT)); Jorge Henrique(Luís Mário - 20'/2ºT) e Dodô. Técnico: Cuca

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Carlinhos, Thiago Silva, Luiz Alberto e Roger; Fabinho, Romeu, Cícero(Lenny - 26'/2ºT) e Carlos Alberto; Alex Dias e Soares(Thiago Neves - 41'/2ºT). Técnico: Joel Santana.

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