29 fevereiro 2008

O Flu sem Leandro Amaral

O Fluminense inicia amanhã o segundo turno do campeonato carioca sem o atacante Leandro Amaral, que perdeu na justiça o direito de se desligar do Vasco. Uma vitória de Eurico Miranda e uma derrota para o departamento jurídico tricolor que apostara suas fichas na permanência polêmica do jogador. O outro grande derrotado é o técnico Renato Gaúcho que chegou a afirmar que Leandro Amaral era seu único titular absoluto. Renato mostrou que ainda tem muito o que aprender para poder ser considerado um técnico de futebol. Desperdiçou toda a Taça Guanabara treinando e jogando num esquema tático que todos viam que não iria dar certo. O Fluminense, jogando com seus três atacantes - o chamado trio de ouro - era um time medíocre que teve dificuldade para enfrentar até os pequenos. Na semifinal contra o Botafogo, Renato abortou a reação tricolor ao reinventar o trio de ouro aos 15 minutos do segundo tempo.
Sob esse ponto de vista, a saída de Leandro Amaral não é nenhum bicho de sete cabeças. Muito pelo contrário. em primeiro lugar, é uma maõzinha que Deus está dando a Renato, ajudando-o a escalar o time. Dodô, que vai fazer a dupla de ataque com Washington, é um jogador muito melhor e mais inteligente que Leandro. Estava no banco apenas pelo capricho e ignorância de Renato Gaúcho. Assim, pouco a pouco o time vai ganhando forma e voltando ao esquema vitorioso do fim do ano passado. Falta pouco para implantarmos o 3-5-2 vencedor que vai liberar os alas e aí sim teremos uma equipe forte, capaz de disputar o título com o Flamengo. Falta apenas sair mais um jogador, o limitado Ygor, para a entrada de Roger, um craque, um líder, um monstro que só fica de fora por causa da cegueira do nosso "técnico".

24 fevereiro 2008

Marcelo de Lima Henrique assinou a papeleta amarela?

Marcelo de Lima Henrique
Cabe a pergunta, pois o árbitro da final da Taça Guanabara apitou descaradamente a favor do rubro-negro. Pode-se dizer que deu a vitória ao rubro-negro, não apenas pelo pênalti inventado, mas pelo conjunto da obra. Pela não marcação da recuada de bola em que o excelente goleiro Bruno comeu mosca e pegou-a com as mãos. Pelas simulações de faltas sofridas por Leonardo Moura, que eram marcadas a favor do Flamengo. Na segunda delas, originou-se o lance do tal pênalti maroto. Pela não marcação de falta do Ibson em cima de Jorge Henrique, o lance que deu origem ao contra-ataque puxado pelo Juan e interrompido pela falta de Lúcio Flávio que levou a sua expulsão. Pela expulsão equivocada de Zé Carlos. Pelo pênalti não marcado em cima de Lúcio Flávio que a Rede Globo escamoteou o replay ("o que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde", já confessava Ricupero ao Carlos Monforte). Enfim, foi uma arbitragem tão ruim que não pode ser obra do mero acaso.

O mais estranho é que este árbitro foi promovido ao quadro da FIFA, como se tivesse condições de apitar um jogo internacional... Não apita nem clássico, não apita nem pelada no Aterro do Flamengo, sem ter que sair correndo para não apanhar. O futebol carioca está num estado de decadência tão grande que nem a imprensa se manifesta mais contra os roubos mais do que freqüentes. Pobre do país em que a imprensa não é livre, e dança ao ritmo dos interesses econômicos.

Os mesmos interesses econômicos que em 1986 protagonizaram o famoso episódio das papeletas amarelas, no qual o rubro-negro da Gávea subornou árbitros para vencer o campeonato estadual que não vencia há 5 anos. No final do ano, os subornos foram lançados na contabilidade do clube. Todo o dinheiro destinado ao suborno dos árbitros durante o ano estava lá, registrado, na forma das papeletas amarelas. Ora, o que aconteceu uma vez pode muito bem acontecer de novo e por isso tem cabimento a pergunta: Marcelo de Lima Henrique assinou uma papeleta amarela?

21 fevereiro 2008

A covardia de Renato Gaúcho

Thiago Neves corta o zagueiro
Após o fiasco contra o Botafogo, sábado passado, o Fluminense voltou a campo para estrear na Libertadores novamente após um hiato de 23 anos de administrações calamitosas. Não que a administração atual seja muito melhor que as anteriores, mas pelo menos temos um patrocinador forte - a UNIMED - investindo nas contratações.

O Flu subiu os Andes e foi a Quito, jogar no belo estádio Casa Blanca, contra o time da LDU. No primeiro tempo, sofreu a pressão esperada e não tomou o gol por um detalhe. Nosso goleiro frangueiro, Fernando Henrique, fez uma defesa de reflexo, a sua única qualidade, e na seqüência do lance, viu a bola bater na trave. Saímos no lucro, após um primeiro tempo bisonho em que o Fluminense não conseguiu trocar quatro passes no meio campo.

No segundo tempo, o Fluminense se encontrou. Thiago Neves começou a aparecer para o jogo e o Flu cresceu com ele. Mandou uma bola na trave e em outra jogada, penetrou livre na área e teria feito o gol, se o goleiro Cevallos não tivesse tocado com a mão na bola fora da área. O fraco juiz colombiano Albert Duarte não teve coragem de expulsar o goleiro e preferiu apenas puni-lo com o cartão amarelo.

O Fluminense continuava mandando no jogo, provando que a escalação de apenas dois atacantes torna o time mais competitivo. Infelizmente nosso "técnico" Renato Gaúcho parece que não suporta ver o time jogando bem. Acho que dá uma coceira nele nessa hora, e ele sente uma necessidade irresistível de estragar aquilo que está dando certo. Quando o Fluminense era senhor do jogo e o gol da vitória era questão de tempo, nosso "técnico" saca do time nosso melhor jogador, coloca em seu lugar o terceiro zagueiro e recua o time.

A partir daí foram 10 minutos de desespero. A LDU partiu com tudo para cima do Flu, que se limitava a chutões para fora da área. No fim das contas, o empate em 0x0 acabou sendo um resultado justo, mas não conta toda a história do jogo. Não conta que o Fluminense poderia ter voltado de Quito com três pontos na bagagem, não fosse o "técnico" Renato Gaúcho um covarde.

FICHA TÉCNICA:
SÚMULA:

LIGA DEPORTIVA UNIVERSITÁRIA (EQU) 0 X 0 FLUMINENSE

Local: Estádio Casa Blanca, Quito (EQU)
Data - Hora: 20/02/2008 - 21h50min (horário de Brasília)
Árbitro: Albert Duarte (COL)
Assistentes: Wilmar Roldán (COL) e Wilson Berrio (COL)
Cartões amarelos: Guerrón, Norberto Araújo, Calle, Cevallos (LDU); Maurício, Luiz Alberto e Roger (FLU)

LDU: Cevallos, Calle, Campos e Norberto Araújo; Guerrón (Soares, 29' 2T), Urrutia, Vera, Bolaños, Manso e Ambrosi (Kaviedes, Intervalo); Bieler (Delgado, 23' 2T). Técnico: Edgardo Bauza.

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor, Maurício (Cícero, Intervalo), Arouca e Thiago Neves (Roger, 36' 2T); Leandro Amaral (Conca, 29' 2T) e Washington. Técnico: Renato Gaúcho.

17 fevereiro 2008

Renato Gaúcho entrega o ouro ao bandido

Fui ontem ao Maracanã, assistir à semifinal da Taça Guanabara entre Fluminense e Botafogo com a tranquilidade dos que estão com a consciência em paz. Assisti a todos os jogos do Flu este ano e não consegui encontrar o mínimo do que se espera de uma equipe de futebol. O Fluminense de Renato Gaúcho mais parece um time de pelada de final de semana. Não empolgou em nenhum momento, e teve dificuldades imensas ao enfrentar adversários fraquíssimos. Daí a minha tranquilidade... Incoerência? Não, muito pelo contrário. Eu tinha a certeza que nada poderia esperar do meu time sob o comando de um imbecil como o Renato Gaúcho, portanto o que viesse seria lucro. Quem sabe João de Deus poderia operar um milagre e o Flu avançaria para a final?


Ora, João de Deus é santo, e tricolor, mas também entende de futebol. E não iria queimar um milagre para ajudar a quem não merece. E, definitivamente, Renato Gaúcho não fez por merecer a ajuda celestial. Ressucitou um 4-3-3 que não é usado por quase nenhum clube no mundo, escalou três atacantes que jogam pelo meio, sem cair pelas pontas, insistiu no esquema tático furado apesar de não ter dado certo nem mesmo contra os pequenos, à exceção dos esfacelados América e Volta Redonda, confundiu os jogadores com uma diversidade de esquemas táticos, do 3-5-2 ao 4-3-3 e acabou jogando ontem no tradicional 4-4-2 que parece já ter sido esquecido pelos jogadores. Uma confusão só. E o Botafogo, treinado pelo competente e sério técnico Cuca, com uma aplicação tática e marcação firme, dominou todo o primeiro tempo do jogo. Saiu na frente em mais uma falha do péssimo goleiro Fernando Henrique, que saiu para socar a bola com os olhos fechados (!) e furou. O atacante Wellington Paulista não perdoou e abriu o placar.

Fernando Henrique falha novamente


O Fluminense chegou a empatar através de Washington, mas o gol foi anulado pela péssima arbitragem de Luiz Antonio Silva dos Santos, que marcou impedimento equivocadamente. Para não dizer que nada ajudava o Fluminense, no fim do primeiro tempo o Botafogo perdeu seus dois atacantes, Zé Carlos e Jorge Henrique, por contusão. No intervalo, Renato substitui Arouca por Conca e o Flu volta melhor. Conca incendeia a partida e o Flu é só pressão em cima do Botafogo, que, acuado, não conseguia passar do meio do campo. A torcida do Fluminense se inflama e percebe que o gol de empate estava prestes a acontecer.


Durou 15 minutos a pressão tricolor, mas Renato Gaúcho resolveu entregar o ouro ao bandido. Poucas vezes vi, na minha vida, um técnico ser responsável por uma derrota. Ontem eu vi isso acontecer mais uma vez. Renato Gaúcho tira Maurício, o melhor jogador tricolor em campo, para colocar Dodô e voltar ao 4-3-3. Foi tudo o que o Botafogo queria. O Fluminense, com menos um jogador no meio campo, passou a perder a posse de bola e o Botafogo voltou a dominar o jogo.


Os deuses do futebol ainda deram mais uma chance ao Flu. A última. Triguinho faz uma falta boba e desnecessária em Gabriel, recebe o segundo cartão amarelo e é expulso. Com um jogador a mais, o Fluminense volta a equilibrar o jogo, mas por pouco tempo. Em mais uma substituição tresloucada e suicida, Renato Gaúcho tira nosso lateral direito, Gabriel, e põe Cícero em campo.

Com três canhotos no meio, Cícero, Thiago Neves e Conca, o Fluminense não tinha ninguém para cair pela direita para ocupar o espaço vazio deixado pela saída de Triguinho. Renato Gaúcho manda Leandro Amaral cair por ali e lamentavelmente a torcida é obrigada a ver toda a limitação deste jogador, que tendo uma avenida à sua frente, não consegue realizar um simples cruzamento para a área, em quatro ou cinco tentativas. Um fiasco.


A registrar a péssima atuação do outro pupilo de Renato Gaúcho, o ineficiente Ygor, que protagonizou um festival de passes errados no meio campo tricolor.