17 fevereiro 2008

Renato Gaúcho entrega o ouro ao bandido

Fui ontem ao Maracanã, assistir à semifinal da Taça Guanabara entre Fluminense e Botafogo com a tranquilidade dos que estão com a consciência em paz. Assisti a todos os jogos do Flu este ano e não consegui encontrar o mínimo do que se espera de uma equipe de futebol. O Fluminense de Renato Gaúcho mais parece um time de pelada de final de semana. Não empolgou em nenhum momento, e teve dificuldades imensas ao enfrentar adversários fraquíssimos. Daí a minha tranquilidade... Incoerência? Não, muito pelo contrário. Eu tinha a certeza que nada poderia esperar do meu time sob o comando de um imbecil como o Renato Gaúcho, portanto o que viesse seria lucro. Quem sabe João de Deus poderia operar um milagre e o Flu avançaria para a final?


Ora, João de Deus é santo, e tricolor, mas também entende de futebol. E não iria queimar um milagre para ajudar a quem não merece. E, definitivamente, Renato Gaúcho não fez por merecer a ajuda celestial. Ressucitou um 4-3-3 que não é usado por quase nenhum clube no mundo, escalou três atacantes que jogam pelo meio, sem cair pelas pontas, insistiu no esquema tático furado apesar de não ter dado certo nem mesmo contra os pequenos, à exceção dos esfacelados América e Volta Redonda, confundiu os jogadores com uma diversidade de esquemas táticos, do 3-5-2 ao 4-3-3 e acabou jogando ontem no tradicional 4-4-2 que parece já ter sido esquecido pelos jogadores. Uma confusão só. E o Botafogo, treinado pelo competente e sério técnico Cuca, com uma aplicação tática e marcação firme, dominou todo o primeiro tempo do jogo. Saiu na frente em mais uma falha do péssimo goleiro Fernando Henrique, que saiu para socar a bola com os olhos fechados (!) e furou. O atacante Wellington Paulista não perdoou e abriu o placar.

Fernando Henrique falha novamente


O Fluminense chegou a empatar através de Washington, mas o gol foi anulado pela péssima arbitragem de Luiz Antonio Silva dos Santos, que marcou impedimento equivocadamente. Para não dizer que nada ajudava o Fluminense, no fim do primeiro tempo o Botafogo perdeu seus dois atacantes, Zé Carlos e Jorge Henrique, por contusão. No intervalo, Renato substitui Arouca por Conca e o Flu volta melhor. Conca incendeia a partida e o Flu é só pressão em cima do Botafogo, que, acuado, não conseguia passar do meio do campo. A torcida do Fluminense se inflama e percebe que o gol de empate estava prestes a acontecer.


Durou 15 minutos a pressão tricolor, mas Renato Gaúcho resolveu entregar o ouro ao bandido. Poucas vezes vi, na minha vida, um técnico ser responsável por uma derrota. Ontem eu vi isso acontecer mais uma vez. Renato Gaúcho tira Maurício, o melhor jogador tricolor em campo, para colocar Dodô e voltar ao 4-3-3. Foi tudo o que o Botafogo queria. O Fluminense, com menos um jogador no meio campo, passou a perder a posse de bola e o Botafogo voltou a dominar o jogo.


Os deuses do futebol ainda deram mais uma chance ao Flu. A última. Triguinho faz uma falta boba e desnecessária em Gabriel, recebe o segundo cartão amarelo e é expulso. Com um jogador a mais, o Fluminense volta a equilibrar o jogo, mas por pouco tempo. Em mais uma substituição tresloucada e suicida, Renato Gaúcho tira nosso lateral direito, Gabriel, e põe Cícero em campo.

Com três canhotos no meio, Cícero, Thiago Neves e Conca, o Fluminense não tinha ninguém para cair pela direita para ocupar o espaço vazio deixado pela saída de Triguinho. Renato Gaúcho manda Leandro Amaral cair por ali e lamentavelmente a torcida é obrigada a ver toda a limitação deste jogador, que tendo uma avenida à sua frente, não consegue realizar um simples cruzamento para a área, em quatro ou cinco tentativas. Um fiasco.


A registrar a péssima atuação do outro pupilo de Renato Gaúcho, o ineficiente Ygor, que protagonizou um festival de passes errados no meio campo tricolor.

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