15 julho 2008

¿Por qué no te callas?

"Estamos cavalgando, degrau a degrau, subindo na tabela." A frase, proferida por Renato Gaúcho na entrevista coletiva após a vitória por 2 a 1 sobre o Vitória da Bahia, mostra o grau de inteligência do atual técnico do Fluminense. Ele provavelmente gostaria de dizer que estamos galgando posições na tabela, mas sua afinidade com o mundo eqüino e muar é tamanha, que o verbo cavalgar lhe veio à mente.

Parte da torcida tricolor já não o suporta mais. Outra parte ainda lhe dá crédito por ter feito o gol de barriga no centenário do Flamengo. O certo é que a cada dia o número de tricolores que ainda o apóiam diminui consideravelmente. A ponto de um tricolor ter levado ao Maracanã um cartaz de protesto com a frase celebrizada pelo rei Juan Carlos da Espanha.

¿Por qué no te callas?

Na entrevista coletiva, além da cavalgadura, pouco se aproveitou. Não admitiu os erros na campanha da Libertadores e disse que repetiria tudo novamente. Uma pena. O Fluminense voltaria a ser vice, com Ygor e Cícero em campo. O pior cego não é o que não enxerga, mas aquele que não quer enxergar. Pena que o repórter que o entrevistava não perguntou o porquê de Ygor ter sido barrado após a Libertadores. Uma vez que ele repetiria tudo novamente, não faz sentido alguma a barração de Ygor neste momento.


Bem, antes tarde do que nunca. Em campo, contra o Vitória, sem Ygor, barrado, Cícero, em negociações com o futebol alemão, e Fernando Henrique, suspenso, o Fluminense entrou em campo com um time mais próximo do ideal, mas ainda desencontrado e batendo cabeça. Fabinho, Dodô e Ricardo Berna deram conta do recado e mostraram mais futebol que os titulares, mas mesmo assim o Fluminense mostrou muitas dificuldades para chegar à vitória. Logo no início do jogo, o péssimo árbitro Leonardo Gaciba marcou pênalti duvidoso a favor do Fluminense, talvez contando com a má fase de nossos batedores. Ele provavelmente sabia que iríamos perder o pênalti, o que acabou acontecendo, através de Dodô.


Sofremos o primeiro gol no segundo tempo e empatamos através de Rafael, após a costumeira jogada de bola parada de Thiago Neves. Mais da metade dos gols tricolores saem dessa jogada. Com a entrada de Tartá no lugar de Fabinho, o time ganhou movimentação e velocidade, e passamos a dominar o meio campo. O gol da vitória de Dodô nos deu mais três importantes pontos que nos tiraram da lanterna, mas não da zona de rebaixamento. Como disse o "técnico", cavalgamos mais um degrau.



FICHA TÉCNICA - SÚMULA:


FLUMINENSE 2 X 1 VITÓRIA
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 12/7/2008 - 18h20 (de Brasília)


Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva(Fifa-RS)
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Marcia Bezerra Lopes Caetano (RO)
Renda/público: R$ 173.779,00 / 13.860 pagantes / 14.881 presentes


Cartões amarelos: Washington, Arouca (FLU); Renan, Vanderson, Marco Aurélio (VIT)

GOLS: Marquinhos, 12'/1ºT (0-1); Rafael, 26'/2ºT (1-1); Dodô, 36'/2ºT (2-1)



FLUMINENSE: Ricardo Berna, Rafael, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho (Tartá, 15'/2ºT), Arouca, Conca e Thiago Neves (Maurício, 39'/2ºT); Dodô e Washington (Somália, 16'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho.


VITÓRIA: Viáfara, Marco Aurélio, Thiago Gomes, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan, Willians (Marco Antônio, 34'/2ºT) e Ramón (Ricardinho, 34'/2ºT); Marquinhos e Dinei (Rodrigão, 40'/2ºT). Técnico: Vágner Mancini.

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