24 julho 2008

Marcelo de Lima Henrique: um larápio

Uma das atrações do jogo de ontem entre Vasco e Fluminense, que terminou empatado em 3 a 3 foi o árbitro Marcelo de Lima Henrique. Essa figura bizarra, que roubou descaradamente a favor do Flamengo na final da Taça Guanabara deste ano, foi alçado à condição de árbitro da FIFA - aberração que só poderia acontecer mesmo no Rio de Janeiro, um estado em que deputados chefiam milícias e a PM mata crianças de 3 anos de idade.

Confesso que estava curioso para assistir a atuação desta figura. O jogo em si, não me atraía muito. O Fluminense na zona de rebaixamento, jogando mal, sem os Thiagos que foram servir à seleção olímpica, e ainda sob o des-comando do fanfarrão Renato Gaúcho não é realmente um time para atrair o torcedor ao estádio. Ainda mais agora, com a apuração do envolvimento da diretoria tricolor com os cambistas e em sonegação de impostos na final da Taça Libertadores, em reportagens feitas pelo jornal O Globo. Essas coisas desestabilizam um time, afastam o torcedor do estádio...

Mas eu estava curioso para ver como ia se comportar o árbitro FIFA do Rio de Janeiro. Durante 20 anos o Fluminense sofreu todo o tipo de perseguições por parte da Federação do Rio de Janeiro. Sob o comando do Caixa D'Água, mancomunado com Eurico Miranda, todo tipo de roubo, armação e falcatrua foi feito para prejudicar o Fluminense. Eu me lembro da final de 1993, contra o Vasco. O bandido de preto, daquele jogo, atendia pelo nome de Daniel Pomeroy. O Fluminense havia surpreendido o Vasco na primeira partida da final, vencendo bem, por 2 a 1. O Vasco tinha a vantagem do empate, por um regulamento esdrúxulo da época. Foi para o segundo jogo disposto a segurar o empate. Tinha na figura do juiz um grande aliado. Truncou o jogo como nunca se tinha visto antes. Marcou 110 faltas na partida, um recorde mundial, mais de uma falta por minuto. Não houve jogo, e a partida terminou 0 x 0 para o Vasco poder ser campeão.

Daniel Pomeroy era o nome do bandido, nunca me esqueci dele. E curioso, quando ia para o Maracanã ontem, ouvi no rádio que o observador da arbitragem da partida de ontem seria ele mesmo: Daniel Pomeroy. Mau agouro. Um bandido observando um outro bandido.
Marcelo de Lima Henrique não truncou a partida como Daniel em 1993. Pelo contrário, talvez influenciado pela arbitragem à européia do gaúcho Leandro Vuaden, que apitou Palmeiras e Fluminense na semana passada, e foi bastante elogiado, ele preferiu deixar o jogo correr. Deixou o jogo correr e não marcou inúmeras faltas a favor do Fluminense, mas não se esqueceu de marcá-las a favor do Vasco. Ignorou o cartão quando Morais deu uma cotovelada em Conca, e mais tarde foi obrigado a expulsá-lo pela reincidência. Tampouco deu um cartão no pênalti em que Dodô ia fazer o gol e foi derrubado. Ele deve ter imaginado: já fiz muito em marcar este pênalti, não vão nem reparar se eu não der cartão.

Não me enganei. Vi um soprador de apito, um brincalhão fazendo o torcedor de bobo, e observado por um outro pior do que ele. Coisas da decadência da Cidade Maravilhosa. Quanto ao jogo? Que jogo? Foi uma pelada, digna do aterro do Flamengo.


VASCO 3 X 3 FLUMINENSE
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 23/7/2008 - 21h50 (de Brasília)

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Auxiliares: Wagner de Almeida Santos (RJ) e Ricardo Maurício Ferreira de Almeida (RJ)
Renda/Público: R$ 299.820,50 / 19.346 pagantes

Cartões amarelos: Junior Cesar, Washington, Conca (FLU); Eduardo Luiz, Souza, Morais (VAS)
Cartão vermelho: Morais, 38'2ºT

Gols: Edmundo, 18'/1ºT (1-0); Leandro Amaral, 7'/2ºT (2-0); Washington, 8'/2ºT (2-1); Edmundo, 13'/2ºT (3-1); Washington, 29'/2ºT (3-2); Tartá, 36'/2ºT (3-3);

VASCO: Tiago, Wagner Diniz, Luizão, Eduardo Luiz e Edu (Marcus Vinicius, 12'/2ºT); Rodrigo Antônio, Souza, Madson (Leandro Bomfim, 39'/2ºT) e Morais, Leandro Amaral e Edmundo (Jean, 34'/2ºT). Técnico: Antônio Lopes.

FLUMINENSE: Ricardo Berna, Rafael (Somália, 26'/2ºT), Roger, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho, Maurício (Tartá, intervalo), Arouca e Conca; Dodô e Washington. Técnico: Renato Gaúcho.

1 comentário:

Anónimo disse...

Deveria responder um processo por isso!!!