Sempre gostei de assistir aos jogos de futebol nos estádios. Algumas pessoas preferem ver jogos pela televisão, mas eu não gosto. A televisão tem o replay, é verdade, mas este é o único ponto a seu favor. Em todos os outros aspectos, a televisão está em desvantagem em relação aos jogos ao vivo, in loco.
Na minha opinião, a grande vantagem de não assistir aos jogos pela televisão é não precisar ouvir o desfile de bobagens ditas pelos comentaristas brasileiros que, grosso modo, são muito ruins. Esses comentaristas, na maioria das vezes, escolheram esta profissão por gostar de futebol e, fatalmente torciam (ou ainda torcem) para um determinado time, o que os torna parciais e desagradáveis nos seus comentários. Bem, todos sabem que a imprensa não é e nunca foi neutra, e não poderia ser diferente no que se refere ao futebol.
O pior de todos, para mim, é o José Roberto Wright. Quando apitava foi um árbitro medíocre, que teve uma carreira recheada de erros clamorosos, como o da final do Campeonato Carioca de 2005, e o Atlético x Flamengo da Libertadores de 2001, em que expulsou meio time do Atlético e levou ao título do rubro-negro. Wright consegue ser ainda pior como comentarista de arbitragem. É tão ruim que muitas vezes desligo o som da televisão para não me irritar com os seus comentários. Renato Marsiglia também foi um árbitro muito ruim. Eu me lembro de um lance do Washington, aquele mesmo do Casal 20, que no fim de carreira jogou pela Desportiva e fez um golaço de bicicleta. Golaço que foi indevidamente anulado pelo Marsiglia alegando jogo perigoso. Um crime, pois o jogador mais próximo do Washington não estava a menos de dois metros de distância. Como comentarista de arbitragem, Marsiglia não é tão desagradável quanto o Wright, mas ontem, ao comentar o jogo entre Nacional de Medellín e Fluminense, me irritou profundamente.
Quando Júnior César driblou o goleiro em velocidade, e foi derrubado por uma rasteira dentro da área, já me surpreendi com a presteza com que o árbitro uruguaio marcou o pênalti. É verdade que o goleiro não tocou no Júnior César, pois o lateral pulou para não ser atingido, mas isso não importa. O goleiro teve a intenção de derrubá-lo e o jogador não precisa deixar-se atingir para que a falta seja marcada. Entretanto, estou tão acostumando com as péssimas arbitragens do Campeonato Brasileiro, que me surpreendi com a marcação do pênalti. Se fosse um juiz paulista, provavelmente o pênalti não seria marcado e o Júnior César ainda receberia um cartão amarelo. Bem, mas o juiz era uruguaio e não só o pênalti foi marcado como também o goleiro colombiano foi expulso.
E Renato Marsiglia, provavelmente incomodado com a marcação do pênalti, pôs-se a criticar o cartão vermelho aplicado ao jogador. Segundo ele, o cartão foi incorreto pois não havia uma clara e manifesta chance de gol. O zagueiro que acompanhava o lance poderia impedir o lateral tricolor de fazer o gol. Essa é uma característica dos comentaristas de arbitragem da Globo. Eles costumam distorcer os fatos que as imagens insistem em mostrar. Enquanto as imagens mostravam o zagueiro colombiano atrás do Júnior César, como comprova a foto abaixo, Marsiglia insistia que o zagueiro estava à frente do lateral, portanto o goleiro não poderia ser caracterizado como último homem.
É por isso que eu não gosto de assistir aos jogos do Fluminense pela televisão, principalmente quando são transmitidos pela Globo. Além do Marsiglia, o outro comentarista do jogo de ontem era o Sérgio Noronha, que até entende um pouco de futebol, dentro dos limites do que um flamenguista pode entender. No jogo de domingo passado, entre Botafogo e Flamengo, o primeiro jogo da decisão do campeonato carioca, Sérgio Noronha comentou que se o Flamengo vencer o campeonato estará igualando a marca de 30 títulos cariocas do Fluminense, marca essa que nunca foi atingida por nenhum outro clube desde o início da disputa do campeonato em 1906. Ressaltou, entretanto, que Flamengo e Vasco foram fundados mais tarde, o Flamengo em 1912 e o Vasco, em 1923, portanto o Fluminense levaria uma vantagem por estes clubes não terem disputado os campeonatos nos primeiros anos de disputa.
Nada mais incorreto, mentiroso e parcial. Em primeiro lugar, Sérgio Noronha comete o erro de considerar que o Flamengo tem 29 títulos estaduais. Não tem. Venceu 28 campeonatos cariocas, o que é uma marca respeitável. É uma ofensa à inteligência do telespectador considerar o campeonato especial de 1979 como sendo mais um campeonato carioca. Como pode haver dois campeonatos em um ano? Bem, na Argentina há dois campeonatos, o Abertura e o Clausura, mas estamos no Brasil e aqui o costume é apenas um campeonato por ano. Quando sobra tempo no calendário e os cartolas decidem preencher este tempo com mais um campeonato, dão a ele um outro nome, como o Especial de 1979, ou o Extra de 1941. O Flamengo venceu o Especial de 1979 e se diz tricampeão em dois anos. O Fluminense venceu o Extra de 1941, mas não considera esse título na contagem dos cariocas. Enfim, se a imprensa quiser ser coerente e considerar o Especial de 1979, o Extra de 1941 também terá de ser contabilizado e o Flu ainda estará dois títulos na frente do Flamengo.
Em segundo lugar, Sérgio Noronha culpa o Fluminense pela conquista de títulos enquanto os rivais ainda não tinham sido fundados. Outra mentira. Pelo que sei, o Flamengo foi fundado em 1895, não? Celebramos o seu centenário em 1995 com uma barrigada do Renato Gaúcho. Pois então como o Flamengo não existia ainda em 1906? Existia sim, mas não jogava futebol! E que culpa o Fluminense tem se naquela época os seus rivais preferiam ficar remando em vez de jogar bola? Na verdade, o Fluminense é o único clube carioca de futebol. Fluminense FOOTBALL Club é o seu nome, enquanto os outros, sem exceção, são clubes de REGATAS. Até hoje.
Pois é, ontem essa dupla comentava o jogo do Fluminense. Eu tinha tudo para ficar irritado, e já estava ficando, depois do comentário do Marsiglia sobre o cartão vermelho, mas o Sérgio Noronha ontem realmente viu o mesmo jogo que eu vi. Nós vimos um Fluminense apático, sem imaginação, sem inspiração, mal armado, mal escalado. Um Fluminense que chegou à vitória graças a grande superioridade individual de seus jogadores. Não há conjunto, não há padrão de jogo. O Fluminense hoje em dia é um bando em campo, um time com a cara de seu “treinador”, Renato Gaúcho, o rei dos rachões. O Fluminense venceu o Nacional de Medellín, mas não convenceu.
Na minha opinião, a grande vantagem de não assistir aos jogos pela televisão é não precisar ouvir o desfile de bobagens ditas pelos comentaristas brasileiros que, grosso modo, são muito ruins. Esses comentaristas, na maioria das vezes, escolheram esta profissão por gostar de futebol e, fatalmente torciam (ou ainda torcem) para um determinado time, o que os torna parciais e desagradáveis nos seus comentários. Bem, todos sabem que a imprensa não é e nunca foi neutra, e não poderia ser diferente no que se refere ao futebol.
O pior de todos, para mim, é o José Roberto Wright. Quando apitava foi um árbitro medíocre, que teve uma carreira recheada de erros clamorosos, como o da final do Campeonato Carioca de 2005, e o Atlético x Flamengo da Libertadores de 2001, em que expulsou meio time do Atlético e levou ao título do rubro-negro. Wright consegue ser ainda pior como comentarista de arbitragem. É tão ruim que muitas vezes desligo o som da televisão para não me irritar com os seus comentários. Renato Marsiglia também foi um árbitro muito ruim. Eu me lembro de um lance do Washington, aquele mesmo do Casal 20, que no fim de carreira jogou pela Desportiva e fez um golaço de bicicleta. Golaço que foi indevidamente anulado pelo Marsiglia alegando jogo perigoso. Um crime, pois o jogador mais próximo do Washington não estava a menos de dois metros de distância. Como comentarista de arbitragem, Marsiglia não é tão desagradável quanto o Wright, mas ontem, ao comentar o jogo entre Nacional de Medellín e Fluminense, me irritou profundamente.
Quando Júnior César driblou o goleiro em velocidade, e foi derrubado por uma rasteira dentro da área, já me surpreendi com a presteza com que o árbitro uruguaio marcou o pênalti. É verdade que o goleiro não tocou no Júnior César, pois o lateral pulou para não ser atingido, mas isso não importa. O goleiro teve a intenção de derrubá-lo e o jogador não precisa deixar-se atingir para que a falta seja marcada. Entretanto, estou tão acostumando com as péssimas arbitragens do Campeonato Brasileiro, que me surpreendi com a marcação do pênalti. Se fosse um juiz paulista, provavelmente o pênalti não seria marcado e o Júnior César ainda receberia um cartão amarelo. Bem, mas o juiz era uruguaio e não só o pênalti foi marcado como também o goleiro colombiano foi expulso.
E Renato Marsiglia, provavelmente incomodado com a marcação do pênalti, pôs-se a criticar o cartão vermelho aplicado ao jogador. Segundo ele, o cartão foi incorreto pois não havia uma clara e manifesta chance de gol. O zagueiro que acompanhava o lance poderia impedir o lateral tricolor de fazer o gol. Essa é uma característica dos comentaristas de arbitragem da Globo. Eles costumam distorcer os fatos que as imagens insistem em mostrar. Enquanto as imagens mostravam o zagueiro colombiano atrás do Júnior César, como comprova a foto abaixo, Marsiglia insistia que o zagueiro estava à frente do lateral, portanto o goleiro não poderia ser caracterizado como último homem.
É por isso que eu não gosto de assistir aos jogos do Fluminense pela televisão, principalmente quando são transmitidos pela Globo. Além do Marsiglia, o outro comentarista do jogo de ontem era o Sérgio Noronha, que até entende um pouco de futebol, dentro dos limites do que um flamenguista pode entender. No jogo de domingo passado, entre Botafogo e Flamengo, o primeiro jogo da decisão do campeonato carioca, Sérgio Noronha comentou que se o Flamengo vencer o campeonato estará igualando a marca de 30 títulos cariocas do Fluminense, marca essa que nunca foi atingida por nenhum outro clube desde o início da disputa do campeonato em 1906. Ressaltou, entretanto, que Flamengo e Vasco foram fundados mais tarde, o Flamengo em 1912 e o Vasco, em 1923, portanto o Fluminense levaria uma vantagem por estes clubes não terem disputado os campeonatos nos primeiros anos de disputa.
Nada mais incorreto, mentiroso e parcial. Em primeiro lugar, Sérgio Noronha comete o erro de considerar que o Flamengo tem 29 títulos estaduais. Não tem. Venceu 28 campeonatos cariocas, o que é uma marca respeitável. É uma ofensa à inteligência do telespectador considerar o campeonato especial de 1979 como sendo mais um campeonato carioca. Como pode haver dois campeonatos em um ano? Bem, na Argentina há dois campeonatos, o Abertura e o Clausura, mas estamos no Brasil e aqui o costume é apenas um campeonato por ano. Quando sobra tempo no calendário e os cartolas decidem preencher este tempo com mais um campeonato, dão a ele um outro nome, como o Especial de 1979, ou o Extra de 1941. O Flamengo venceu o Especial de 1979 e se diz tricampeão em dois anos. O Fluminense venceu o Extra de 1941, mas não considera esse título na contagem dos cariocas. Enfim, se a imprensa quiser ser coerente e considerar o Especial de 1979, o Extra de 1941 também terá de ser contabilizado e o Flu ainda estará dois títulos na frente do Flamengo.
Em segundo lugar, Sérgio Noronha culpa o Fluminense pela conquista de títulos enquanto os rivais ainda não tinham sido fundados. Outra mentira. Pelo que sei, o Flamengo foi fundado em 1895, não? Celebramos o seu centenário em 1995 com uma barrigada do Renato Gaúcho. Pois então como o Flamengo não existia ainda em 1906? Existia sim, mas não jogava futebol! E que culpa o Fluminense tem se naquela época os seus rivais preferiam ficar remando em vez de jogar bola? Na verdade, o Fluminense é o único clube carioca de futebol. Fluminense FOOTBALL Club é o seu nome, enquanto os outros, sem exceção, são clubes de REGATAS. Até hoje.
Pois é, ontem essa dupla comentava o jogo do Fluminense. Eu tinha tudo para ficar irritado, e já estava ficando, depois do comentário do Marsiglia sobre o cartão vermelho, mas o Sérgio Noronha ontem realmente viu o mesmo jogo que eu vi. Nós vimos um Fluminense apático, sem imaginação, sem inspiração, mal armado, mal escalado. Um Fluminense que chegou à vitória graças a grande superioridade individual de seus jogadores. Não há conjunto, não há padrão de jogo. O Fluminense hoje em dia é um bando em campo, um time com a cara de seu “treinador”, Renato Gaúcho, o rei dos rachões. O Fluminense venceu o Nacional de Medellín, mas não convenceu.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO NACIONAL (COL) 1 X 2 FLUMINENSE
Estádio: Atanásio Girardot, Medellín (COL)
Data/hora: 30/4/2008 - 22h (de Brasília)
Árbitro: Martín Vázquez (URU)
Auxiliares: Wálter Rial(URU) e Mauricio Espinoza (URU)
Renda/público: 471.236.000 pesos(aproximadamente R$ 474.000,00) / 26.546 pagantes
Cartões amarelos: Arrué, Martínez, Moreno (ATN); Arouca, Ygor, Cícero, Fernando Henrique, Washington(FLU)
Cartões vermelhos: Ospina, 18'/1ºT
GOLS: Thiago Neves, 21'/1ºT (0-1); Arrué, 6'/2ºT (1-1); Conca, 30'/2ºT (1-2);
ATLÉTICO NACIONAL (COL): Ospina; Zúñiga, Mendoza, Moreno e Vélez; Martínez; Amaya, Arrué e Córdoba (Barahona, 20'/1ºT); Muñoz (Galván, intervalo) e Villagra (Martel ,21'/2ºT). Técnico: Oscar Quintabani.
FLUMINENSE: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva (Roger ,10'/2ºT), Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor, Arouca, Cícero, Conca (Dodô ,32'/2ºT) e Thiago Neves (Maurício ,17'/2ºT); Washington. Téncico: Renato Gaúcho.
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