07 maio 2008

O sofrimento continua

Roger sofre a dor após sofrer a falta

Atualmente o torcedor tricolor tem várias atrações ao assistir uma partida do seu time. A maior delas está nas arquibancadas, com a verdadeira revolução tocada pela Legião Tricolor, cantando e empurrando o time para a frente durante os 90 minutos como se fosse uma torcida argentina.

Uma outra atração é assistir a entrevista coletiva após o jogo para ouvir as desculpas do técnico Renato Gaúcho, quando o time joga mal, ou os elogios a si mesmo, quando o time joga bem. Infelizmente, o que se vê dentro de campo há muito tempo não pode ser considerado uma atração. Desde que o Fluminense teve uma noite de gala na estréia da Libertadores, contra o Arsenal de Sarandí, os jogos do Fluminense irritam qualquer um que se aventure a assisti-lo. Menos o torcedor da Legião, é claro.

Ontem, contra o Nacional de Medellín, no jogo de volta pelas oitavas de final da Libertadores, não foi diferente. O Fluminense voltou a mostrar toda a desorganização tática e falta de entrosamento tão característica dos times treinados pelo Renato Gaúcho. Diante do fraquíssimo time do Nacional, o Fluminense que havia vencido o jogo de ida por 2x1, quase complicou o que poderia ter sido mais um dia de festa.

O Fluminense fez 1x0 no segundo tempo, numa das poucas chances de gol que teve, numa jogada de bola parada cobrada por Thiago Neves na cabeça do excelente zagueiro Roger, que não se sabe porquê ainda é reserva e somente jogou ontem por causa da contusão de Thiago Silva. Em compensação, o inoperante e bisonho Ygor continua sendo titular absoluto para Renato Gaúcho.

Terminado o sofrimento dos noventa minutos, fui ver algo mais interessante: o festival de acusações e desculpas que Renato desfila após os jogos. Visivelmente mal humorado, culpou três ou quatro jogadores como não podia deixar de ser, sendo que não citou nomes. Nenhum comentário quanto a sua própria incompetência em dar o mínimo padrão de jogo à equipe. Quanto mais a equipe joga sob seu comando, pior fica. Temo pelo futuro do Fluminense. A eliminação da Libertadores é questão de tempo.

FICHA TÉCNICA - SÚMULA:
FLUMINENSE 1 X 0 ATLÉTICO NACIONAL (COL)

Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 6/5/2008 - 18h30min (de Brasília)
Árbitro: Victor Rivera (PER)
Auxiliares: Luís Ávila (PER) e César Escano(PER)

Renda/público: R$ 642.938,00 / 31.700 pagantes
Cartões amarelos: Moreno, Amaya, Martel (NAC); Carlinhos (FLU)
GOL: Roger, 7'/1ºT (1-0)

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Gabriel (Carlinhos, 37'/2ºT), Roger, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor, Cícero, Conca e Thiago Neves (Maurício, 21'/2ºT); Dodô e Washington (Tartá, 27'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho.

NACIONAL (COL): Barahona, Zuñiga (Cordoba, 33'/2ºT), Mendoza, Moreno e Vélez; Amaya, Martínez (Toro, 34'/2ºT), Arrué e Martel (Murillo, 17'/2ºT); Muñoz e Galván. Técnico: Oscar Quintabani.

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