Pela primeira vez na temporada de 2007, com cerca de três meses de atraso, o Fluminense apresentou-se em campo jogando alguma coisa parecida com futebol. Durante o primeiro tempo do jogo contra o Bahia, pelas oitavas da Copa do Brasil, a torcida finalmente pôde assistir a trocas de passes envolvendo o adversário, a jogadores se apresentando nos espaços vazios para receber um passe. É bem verdade que o adversário era o Bahia, que expia seus pecados na terceira divisão, e que o Fluminense não conseguiu manter o ritmo por pouco mais de alguns minutos, mas esses poucos minutos serviram para os torcedores tricolores matarem a saudade do Fluminense.
O Fluminense abriu o placar logo no início do jogo, após bela jogada de Alex Dias, servindo a Arouca que cruzou para Carlos Alberto dominar e marcar. O Fluminense poderia ter ampliado o placar ainda no primeiro tempo. Teve volume de jogo para tal, o Bahia sequer se aventurava ao campo ofensivo e parecia conformado apenas em esperar por um momento mais favorável do jogo, ou por um cochilo do Fluminense. Entretanto o Fluminense não marcou novamente. Rafael Moura acertou a trave de Paulo Musse, num chute rasteiro de fora da área, e o péssimo árbitro catarinense Paulo Sérgio de Godoy Bezerra ignorou o pênalti claro cometido pela zaga baiana, um carrinho frontal no atacante que se preparava para arrematar a gol.
Bastou apenas um minuto do segundo tempo para a realidade se abater sobre o tricolor. Novamente o Fluminense volta sonolento e burocrático do vestiário (fico imaginando o que o técnico Joel Santana fala que dê tanto sono) e, após a saída de bola, um chuveirinho despretensioso da direita, uma saída em falso do Fernando Henrique, e a bola sobra para Fabio Saci completar de primeira para o gol vazio. O choque de realidade foi demais para o Fluminense, que parou de jogar futebol e voltou a praticar aquilo que nem sabemos como denominar: passes para o lado, para trás, jogadores se escondendo dos outros, alguns tentando resolver o jogo sozinhos. Desandou a maionese. Nos minutos finais, o desequilíbrio de Carlos Alberto o leva a fazer uma falta por trás. Ganha um cartão amarelo e, por reclamação, é expulso.
Não fiquei surpreso, aliás, era o que eu esperava, quando vi na escalação a vitória do grupo de Carlos Alberto: ele, Rafael Moura e Fernando Henrique, todos os três titulares. Não é segredo para ninguém que o Fluminense tem um grupo dividido. Houve uma rixa séria entre Carlos Alberto e Cícero, que pôde ser presenciada pela torcida claramente na comemoração fria de Cícero no seu primeiro gol pelo tricolor, contra o Vasco, e na sua recusa à ajuda oferecida por Carlos Alberto para calçar as luvas quando substituiu Fernando Henrique, expulso contra o Boavista. Um grupo dividido, cheio de panelinhas que não se falam, é receita certa para o fracasso. Joel não conseguiu unir o grupo e deu força ao grupo de Carlos Alberto, um jogador que tem sido uma grande decepção para a torcida tricolor. Com ele em campo, o Fluminense dificilmente vence e invariavelmente joga mal. Com ele, ganharam força também o fraquíssimo goleiro Fernando Henrique e o perna-de-pau Rafael Moura. Não poderia mesmo dar certo.
Sem poder de reação em campo, o Fluminense poderia ter sido derrotado, não fosse o time do Bahia tão fraco. A torcida perdeu a paciência e passou a vaiar Fernando Henrique cada vez que ele pegava na bola. Vaias também para Joel, além de gritos de “burro”. Alguns torcedores passaram a gritar o nome de Renato Gaúcho, recém demitido pelo Vasco. O coro por Renato Gaúcho ganha força e se faz ouvir em campo, apesar das muitas vaias de outros torcedores. Joel, à beira do campo, parecia indiferente ao que acontecia. Numa das muitas paralisações da partida, enquanto os jogadores do Bahia faziam cera, Joel ficava imóvel em sua área técnica, sem dar uma instrução aos jogadores. Bem diferente do Arturzinho, que aproveitava o tempo para reunir os seus jogadores e passar-lhes as suas instruções. A impressão que ficou é que Joel estava conformado com o que acontecia, e até desejava a demissão, para receber sua polpuda multa rescisória. E assim o Fluminense vai se individando cada vez mais graças a incompetência de Roberto Horcades, David Fischel, Marcelo Penha e Alcides Antunes... Joel Santana pode ficar tranqüilo pois será demitido e poderá receber sua multa rescisória. Se levar um calote será mais um a processar o Fluminense, e receberá o dinheiro daqui a alguns anos, acrescidos de juros, honorários advocatícios, acordos, etc.
A torcida, perdida e dividida, passou a gritar o nome do Marcão. Alguns torcedores vaiaram. E aí, um coro completamente sem sentido: “Ah, Magno Alves!!!”, também seguido de vaias. Pobre torcida tricolor que sente saudade até dos gols perdidos de Magno Alves...
Infelizmente, em pleno século XXI, o Fluminense continua rumando para o abismo, sendo dirigido de forma amadora por um bando de pessoas de interesses duvidosos. Dizem que ouvem os pedidos da torcida, mas seu ouvido é seletivo. Não foi a torcida uníssona que pediu por Renato Gaúcho, mas apenas parte dela. Um coro muito maior pede a saída de Fernando Henrique, não do time titular, mas das Laranjeiras, há muito tempo, e isso eles não ouvem. Há muitos interesses em jogo e infelizmente são todos mais fortes que os interesses do Fluminense Football Club.
FICHA TÉCNICA - SÚMULA
FLUMINENSE 1 X 1 BAHIA
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 19/4/2007 - 20h30min (de Brasília)
Árbitro: Paulo Henrique de Godoy Bezerra (SC)
Renda/público: R$ 66.221,00 / 10.903 pagantes
Cartões amarelos: Thiago Silva, Luiz Alberto, Romeu e Carlos Alberto (FLU), Fausto, Rafael Bastos e Amauri (BAH)
Cartões vermelhos: Carlos Alberto (FLU)
GOLS: Carlos Alberto, 16'/1ºT (1-0); Fábio Saci, 1'/2ºT (1-1)
FLUMINENSE: Fernando Henrique, Rafael, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Romeu, Arouca, Thiago Neves (André Moritz, 36'/2ºT) e Carlos Alberto; Alex Dias e Rafael Moura. Técnico: Joel Santana.
BAHIA: Paulo Musse, Maricá (Dudu, 18'/2ºT), Hebert, Rogério e Victor Boleta; Marcone, Fausto, Emerson Cris (Danilo Gomes, 34'/2ºT) e Rafael Bastos; Moré (Amauri, 24'/2ºT) e Fábio Saci. Técnico: Arturzinho.
O Fluminense abriu o placar logo no início do jogo, após bela jogada de Alex Dias, servindo a Arouca que cruzou para Carlos Alberto dominar e marcar. O Fluminense poderia ter ampliado o placar ainda no primeiro tempo. Teve volume de jogo para tal, o Bahia sequer se aventurava ao campo ofensivo e parecia conformado apenas em esperar por um momento mais favorável do jogo, ou por um cochilo do Fluminense. Entretanto o Fluminense não marcou novamente. Rafael Moura acertou a trave de Paulo Musse, num chute rasteiro de fora da área, e o péssimo árbitro catarinense Paulo Sérgio de Godoy Bezerra ignorou o pênalti claro cometido pela zaga baiana, um carrinho frontal no atacante que se preparava para arrematar a gol.
Bastou apenas um minuto do segundo tempo para a realidade se abater sobre o tricolor. Novamente o Fluminense volta sonolento e burocrático do vestiário (fico imaginando o que o técnico Joel Santana fala que dê tanto sono) e, após a saída de bola, um chuveirinho despretensioso da direita, uma saída em falso do Fernando Henrique, e a bola sobra para Fabio Saci completar de primeira para o gol vazio. O choque de realidade foi demais para o Fluminense, que parou de jogar futebol e voltou a praticar aquilo que nem sabemos como denominar: passes para o lado, para trás, jogadores se escondendo dos outros, alguns tentando resolver o jogo sozinhos. Desandou a maionese. Nos minutos finais, o desequilíbrio de Carlos Alberto o leva a fazer uma falta por trás. Ganha um cartão amarelo e, por reclamação, é expulso.
Não fiquei surpreso, aliás, era o que eu esperava, quando vi na escalação a vitória do grupo de Carlos Alberto: ele, Rafael Moura e Fernando Henrique, todos os três titulares. Não é segredo para ninguém que o Fluminense tem um grupo dividido. Houve uma rixa séria entre Carlos Alberto e Cícero, que pôde ser presenciada pela torcida claramente na comemoração fria de Cícero no seu primeiro gol pelo tricolor, contra o Vasco, e na sua recusa à ajuda oferecida por Carlos Alberto para calçar as luvas quando substituiu Fernando Henrique, expulso contra o Boavista. Um grupo dividido, cheio de panelinhas que não se falam, é receita certa para o fracasso. Joel não conseguiu unir o grupo e deu força ao grupo de Carlos Alberto, um jogador que tem sido uma grande decepção para a torcida tricolor. Com ele em campo, o Fluminense dificilmente vence e invariavelmente joga mal. Com ele, ganharam força também o fraquíssimo goleiro Fernando Henrique e o perna-de-pau Rafael Moura. Não poderia mesmo dar certo.
Sem poder de reação em campo, o Fluminense poderia ter sido derrotado, não fosse o time do Bahia tão fraco. A torcida perdeu a paciência e passou a vaiar Fernando Henrique cada vez que ele pegava na bola. Vaias também para Joel, além de gritos de “burro”. Alguns torcedores passaram a gritar o nome de Renato Gaúcho, recém demitido pelo Vasco. O coro por Renato Gaúcho ganha força e se faz ouvir em campo, apesar das muitas vaias de outros torcedores. Joel, à beira do campo, parecia indiferente ao que acontecia. Numa das muitas paralisações da partida, enquanto os jogadores do Bahia faziam cera, Joel ficava imóvel em sua área técnica, sem dar uma instrução aos jogadores. Bem diferente do Arturzinho, que aproveitava o tempo para reunir os seus jogadores e passar-lhes as suas instruções. A impressão que ficou é que Joel estava conformado com o que acontecia, e até desejava a demissão, para receber sua polpuda multa rescisória. E assim o Fluminense vai se individando cada vez mais graças a incompetência de Roberto Horcades, David Fischel, Marcelo Penha e Alcides Antunes... Joel Santana pode ficar tranqüilo pois será demitido e poderá receber sua multa rescisória. Se levar um calote será mais um a processar o Fluminense, e receberá o dinheiro daqui a alguns anos, acrescidos de juros, honorários advocatícios, acordos, etc.
A torcida, perdida e dividida, passou a gritar o nome do Marcão. Alguns torcedores vaiaram. E aí, um coro completamente sem sentido: “Ah, Magno Alves!!!”, também seguido de vaias. Pobre torcida tricolor que sente saudade até dos gols perdidos de Magno Alves...
Infelizmente, em pleno século XXI, o Fluminense continua rumando para o abismo, sendo dirigido de forma amadora por um bando de pessoas de interesses duvidosos. Dizem que ouvem os pedidos da torcida, mas seu ouvido é seletivo. Não foi a torcida uníssona que pediu por Renato Gaúcho, mas apenas parte dela. Um coro muito maior pede a saída de Fernando Henrique, não do time titular, mas das Laranjeiras, há muito tempo, e isso eles não ouvem. Há muitos interesses em jogo e infelizmente são todos mais fortes que os interesses do Fluminense Football Club.
FICHA TÉCNICA - SÚMULA
FLUMINENSE 1 X 1 BAHIA
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 19/4/2007 - 20h30min (de Brasília)
Árbitro: Paulo Henrique de Godoy Bezerra (SC)
Renda/público: R$ 66.221,00 / 10.903 pagantes
Cartões amarelos: Thiago Silva, Luiz Alberto, Romeu e Carlos Alberto (FLU), Fausto, Rafael Bastos e Amauri (BAH)
Cartões vermelhos: Carlos Alberto (FLU)
GOLS: Carlos Alberto, 16'/1ºT (1-0); Fábio Saci, 1'/2ºT (1-1)
FLUMINENSE: Fernando Henrique, Rafael, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Romeu, Arouca, Thiago Neves (André Moritz, 36'/2ºT) e Carlos Alberto; Alex Dias e Rafael Moura. Técnico: Joel Santana.
BAHIA: Paulo Musse, Maricá (Dudu, 18'/2ºT), Hebert, Rogério e Victor Boleta; Marcone, Fausto, Emerson Cris (Danilo Gomes, 34'/2ºT) e Rafael Bastos; Moré (Amauri, 24'/2ºT) e Fábio Saci. Técnico: Arturzinho.
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