Após 20 dias se preparando para a final da Libertadores, o Fluminense foi a Quito e decepcionou, perdendo para a LDU por 4 a 2 no primeiro jogo da final. Apático, dando muito espaço ao time equatoriano, o Fluminense foi presa fácil para os avanços do lateral direito Guerrón e pode se considerar no lucro por não ter sofrido mais gols. Uma diferença de dois gols foi até barato para o pouco futebol apresentado pelo tricolor.
Nos últimos 20 dias, o técnico Renato Gaúcho justificou as más atuações no campeonato brasileiro com a explicação que o Fluminense estava concentrado na Libertadores. Não foi o que se viu. O Fluminense que entrou em campo em Quito foi um time totalmente desconcentrado e que sentiu os efeitos da altitude de 2850 metros do belo estádio Casablanca. A exemplo do que acontecera no primeiro jogo, na fase de classificação, o Fluminense foi massacrado no primeiro tempo. Naquele jogo, entretanto, a defesa tricolor e o goleiro Fernando Henrique impediram que o time da LDU abrisse o placar. Talvez pensando em repetir a mesma sorte, os dirigentes tricolores pensaram em repetir o planejamento, chegando em Quito apenas dois dias antes do jogo. Foi uma decisão que se mostrou catastrófica. O time esteve irreconhecível, não conseguia acompanhar os equatorianos na corrida, e até o grande zagueiro Thiago Silva, que também não havia jogado bem naquele jogo, esteve novamente mal. O pior é que os 20 dias de intervalo desde a vitória sobre o Boca Juniors seriam mais do que suficientes para uma perfeita ambientação à altitude de Quito.
Além do planejamento errado, o técnico Renato Gaúcho seguiu errando na escalação do time, escalando novamente o seu protegido Ygor, que pouco acrescenta à equipe e voltou a falhar, sendo responsável por dois gols da LDU. Menos mal que Conca e Thiago Neves marcaram os gols tricolores, que deixam no ar a esperança de uma recuperação na próxima quarta-feira no Maracanã.
Em 2005, no grande time formado por Abel, o Fluminense participou de duas decisões. Na primeira, no campeonato carioca, o time superou os seus dois principais rivais, Vasco e Flamengo, um após o outro. Chegou à final contra o Volta Redonda apontado por todos como o virtual campeão, principalmente por ter vindo de uma convincente goleada por 4 a 1 sobre o Flamengo. Na primeira partida contra o Volta Redonda, chegou a estar vencendo por 2 a 0, mas deixou o time do interior virar e sofreu quatro gols em seguida. Nos acréscimos, o gol de Tuta deixou o placar em 4 a 3, e o sonho de ser campeão vivo, para o próximo jogo, o que iria acontecer com a vitória de 3 a 1.
Na segunda decisão daquele ano, o Flu foi à Jundiaí enfrentar o Paulista, na final da Copa do Brasil. Voltou derrotado, precisando tirar uma diferença de dois gols no estádio de São Januário. Não conseguiu, o empate em 0 a 0 deu o campeonato para o Paulista, que soube aproveitar as dimensões reduzidas do campo e armou uma retranca ferrenha.
Resta saber com qual dessas decisões se parecerá a final da Libertadores de 2008. Conseguirá o Fluminense reverter o placar de 4 a 2? Conseguirá a LDU se manter numa retranca sem tomar gols nas amplas dimensões do Maracanã? Se por um lado esta Libertadores parece mais com o campeonato carioca de 2005, pelo fato de o Fluminense ter derrotado os dois grandes favoritos, São Paulo e Boca Juniors, antes de ser derrotado por um adversário, aparentemente fraco, no primeiro jogo da final, por outro lado, a incompetência dos dirigentes tricolores ao menosprezarem a altitude de Quito se compara àquela de 2005 quando abriram mão do cumprimento do regulamento da Copa do Brasil, que vetava o alçapão de Jundiaí para a final, por não ter a quantidade mínima de lugares exigidos para a final. Soberbo, o Fluminense aceitou rasgar o regulamento e perdeu em Jundiaí.
Na próxima quarta-feira a história se fará novamente. Se vitorioso, Renato Gaúcho sai fortalecido e os principais jogadores se manterão no time, pelo menos até a disputa do mundial no Japão. Se derrotado, além da esperada debandada dos jogadores, uma crise cairá sobre as Laranjeiras. Na lanterna do campeonato brasileiro, o Fluminense precisará encontrar forças para a sua recuperação com um técnico sob a desconfiança da maior parte dos torcedores e da imprensa.
FICHA TÉCNICA - SÚMULA:
Nos últimos 20 dias, o técnico Renato Gaúcho justificou as más atuações no campeonato brasileiro com a explicação que o Fluminense estava concentrado na Libertadores. Não foi o que se viu. O Fluminense que entrou em campo em Quito foi um time totalmente desconcentrado e que sentiu os efeitos da altitude de 2850 metros do belo estádio Casablanca. A exemplo do que acontecera no primeiro jogo, na fase de classificação, o Fluminense foi massacrado no primeiro tempo. Naquele jogo, entretanto, a defesa tricolor e o goleiro Fernando Henrique impediram que o time da LDU abrisse o placar. Talvez pensando em repetir a mesma sorte, os dirigentes tricolores pensaram em repetir o planejamento, chegando em Quito apenas dois dias antes do jogo. Foi uma decisão que se mostrou catastrófica. O time esteve irreconhecível, não conseguia acompanhar os equatorianos na corrida, e até o grande zagueiro Thiago Silva, que também não havia jogado bem naquele jogo, esteve novamente mal. O pior é que os 20 dias de intervalo desde a vitória sobre o Boca Juniors seriam mais do que suficientes para uma perfeita ambientação à altitude de Quito.
Além do planejamento errado, o técnico Renato Gaúcho seguiu errando na escalação do time, escalando novamente o seu protegido Ygor, que pouco acrescenta à equipe e voltou a falhar, sendo responsável por dois gols da LDU. Menos mal que Conca e Thiago Neves marcaram os gols tricolores, que deixam no ar a esperança de uma recuperação na próxima quarta-feira no Maracanã.
Em 2005, no grande time formado por Abel, o Fluminense participou de duas decisões. Na primeira, no campeonato carioca, o time superou os seus dois principais rivais, Vasco e Flamengo, um após o outro. Chegou à final contra o Volta Redonda apontado por todos como o virtual campeão, principalmente por ter vindo de uma convincente goleada por 4 a 1 sobre o Flamengo. Na primeira partida contra o Volta Redonda, chegou a estar vencendo por 2 a 0, mas deixou o time do interior virar e sofreu quatro gols em seguida. Nos acréscimos, o gol de Tuta deixou o placar em 4 a 3, e o sonho de ser campeão vivo, para o próximo jogo, o que iria acontecer com a vitória de 3 a 1.
Na segunda decisão daquele ano, o Flu foi à Jundiaí enfrentar o Paulista, na final da Copa do Brasil. Voltou derrotado, precisando tirar uma diferença de dois gols no estádio de São Januário. Não conseguiu, o empate em 0 a 0 deu o campeonato para o Paulista, que soube aproveitar as dimensões reduzidas do campo e armou uma retranca ferrenha.
Resta saber com qual dessas decisões se parecerá a final da Libertadores de 2008. Conseguirá o Fluminense reverter o placar de 4 a 2? Conseguirá a LDU se manter numa retranca sem tomar gols nas amplas dimensões do Maracanã? Se por um lado esta Libertadores parece mais com o campeonato carioca de 2005, pelo fato de o Fluminense ter derrotado os dois grandes favoritos, São Paulo e Boca Juniors, antes de ser derrotado por um adversário, aparentemente fraco, no primeiro jogo da final, por outro lado, a incompetência dos dirigentes tricolores ao menosprezarem a altitude de Quito se compara àquela de 2005 quando abriram mão do cumprimento do regulamento da Copa do Brasil, que vetava o alçapão de Jundiaí para a final, por não ter a quantidade mínima de lugares exigidos para a final. Soberbo, o Fluminense aceitou rasgar o regulamento e perdeu em Jundiaí.
Na próxima quarta-feira a história se fará novamente. Se vitorioso, Renato Gaúcho sai fortalecido e os principais jogadores se manterão no time, pelo menos até a disputa do mundial no Japão. Se derrotado, além da esperada debandada dos jogadores, uma crise cairá sobre as Laranjeiras. Na lanterna do campeonato brasileiro, o Fluminense precisará encontrar forças para a sua recuperação com um técnico sob a desconfiança da maior parte dos torcedores e da imprensa.
FICHA TÉCNICA - SÚMULA:
LDU 4 X 2 FLUMINENSE
Estádio: Casa Blanca, Quito (EQU)
Data/hora: 25/6/2008 - 21h30min (de Brasília)
Árbitro: Carlos Chandía (CHI)
Auxiliares: Enrique Osses (CHI) e Cristian Julio (CHI)
Cartões amarelos: Vera, Bieler, Araujo (LDU); Luiz Alberto, Ygor (FLU)
GOLS: Bieler, 2'/1ºT (1-0); Conca, 11'/1ºT (1-1); Guerrón, 28'/1ºT (2-1); Bolaños, 32'/1ºT (3-1); Urrutia, 45'/1ºT (4-1); Thiago Neves, 6'/2ºT (4-2)
LDU: Cevallos, Calle, Araujo e Campos; Guerrón, Vera, Urrutia, Manso (William Araujo, 28'/2ºT), Ambrossi e Bolaños; Bieler (Delgado, 35'/2ºT). Técnico: Edgardo Bauza.
FLUMINENSE: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor, Arouca (Maurício, 21'/2ºT), Cícero, Conca e Thiago Neves (Roger, 44'/2ºT); Washington (Dodô, 26'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho
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