Roberto Horcades está se esforçando para se tornar o pior presidente da história do Fluminense. Não é tarefa fácil, considerando que ele compete com atrocidades como Fábio Egypto, Ângelo Chaves, Gil Carneiro de Mendonça e Álvaro Barcelos, este talvez o alvo a ser batido, o energúmeno que chamou a imprensa para registrar a festa da virada de mesa, com direito a estouro de champanhe. Trata-se, portanto de uma tarefa hercúlea, ter uma administração pior do que a de qualquer um desses, pricipalmente ao considerarmos que Horcades conta com o patrocínio da UNIMED, um dos maiores do país, em volume de dinheiro. Atualmente, apenas o São Paulo, da LG e o Flamengo, da Petrobrás, recebem mais dinheiro que o Fluminense da UNIMED.
A torcida tricolor sabe muito bem que o Fluminense, que já foi exemplo de administração, a ponto de ganhar a Taça Olímpica do COI, em 1949, e ter na sua história, e em seu hino, uma tradição de disciplina, há vinte anos padece com os piores presidentes que um clube de futebol pode ter. Nenhum time de futebol no mundo teve presidentes tão ruins, incompetentes, ignorantes e nefastos como o Fluminense. Mesmo assim, Roberto Horcades parece lutar bravamente para fazer parte desse triste grupo. Boquirroto, falou antes da hora em 2005 e viu o Flu perder cinco jogos seguidos e a vaga para a Libertadores. Este ano se superou, perdendo a final da Libertadores e envolvendo-se em um esquema com cambistas, sumindo com os ingressos da final e jogando spray de pimenta nos torcedores do próprio time.
Ontem, no Maracanã, Horcades foi novamente protagonista de um episódio que mostra toda a sua incapacidade para presidir o Fluminense. Terminado o jogo entre Flamengo e Portuguesa, no sábado, dois roupeiros do Vasco entraram no vestiário do mandante do jogo, o Fluminense, e lá passaram a noite. Avisada do fato, a comissão técnica tricolor confirmou a veracidade da denúncia e alertou a SUDERJ para a irregularidade da situação. Fez compreender que faria valer o direito do mando de campo e o Fluminense não abriria mão do vestiário à direita. O impasse estava formado, as o Fluminense fatalmente teria seu direito atendido. Eis que Roberto Horcades aparece dizendo ter recebido um telefonema do governador Sérgio Cabral solicitando que o Fluminense recuasse, em nome do bom relacionamento entre clubes co-irmãos. Roberto Horcades então determina que o Fluminense ceda o vestiário principal ao Vasco, desautorizando sua comissão técnica na frente dos jogadores.
Não é preciso dizer que o Vasco foi o vencedor da partida. Não convém falar como foi o jogo. Não houve jogo. Houve um teatro, com 22 atores atuando para 40.155 palhaços assistirem. O resultado da partida já estava determinado após Roberto Horcades ter arriado as calças para o Vasco, mais uma vez. Sim, mais uma vez. A torcida tricolor não esquecerá nunca a vergonha de ver uma faixa com os dizeres "Obrigado Eurico, pela fidalguia", na final da Copa do Brasil contra o Paulista de Jundiaí.
Ontem, no Maracanã, Horcades se superou. Caso o Fluminense seja rebaixado para a segunda divisão, Horcades conseguirá aquilo que ele tanto procura. Terá se tornado o pior presidente de toda a história do Fluminense.
FLUMINENSE 0 X 1 VASCO
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 02/11/2008 - 19h10 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS)
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (Fifa-RJ) e Marco Aurélio dos Santos Pessanha (RJ)
Renda/público: R$659.165,00 / 37.638 pagantes (40.155 presentes)
Cartões amarelos: Fabinho e Everton Santos (FLU); Fernando e Rodrigo Antônio (VAS)
GOL: Wagner Diniz, 27'/2ºT (0-1).
FLUMINENSE: Fernando Henrique, Carlinhos (Eduardo, intervalo), Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho (Ciel, 20'/2ºT), Wellington Monteiro, Arouca (David, 37'/2ºT) e Conca; Everton Santos e Washington. Técnico: René Simões.
VASCO: Rafael, Eduardo Luiz, Jorge Luiz e Fernando (Odvan, 35'/1ºT); Wagner Diniz, Jonílson, Mateus (Leandro Bomfim, 29'/2ºT), Madson, Alex Teixeira e Rodrigo Antônio; Alan Kardec (Pinilla, 24'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho.
03 novembro 2008
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