21 outubro 2007
O cientista maluco
A comissão técnica do Fluminense, que já está previamente classificado para disputar a Libertadores da América em 2008, tem repetido que está utilizando as partidas do campeonato brasileiro como uma espécie de laboratório para testar os jogadores para o ano que vem. Pelo que se viu ontem, no Serra Dourada, a experiência não deu certo e o laboratório explodiu.
A derrota por 5 a 3 para o Goiás, um time medíocre que está lutando contra o rebaixamento e vem tendo dificuldade para vencer e jogar bem em casa, por si só já seria um vexame. Da forma como aconteceu, é pior do que um vexame, é uma ofensa aos tricolores que foram ao estádio, e aos milhões que acompanharam o jogo pelo rádio ou pela TV.
Renato Gaúcho, o grande culpado pela palhaçada que vimos em Goiânia, deu uma entrevista na saída para o intervalo, reclamando do time e dizendo que "parece que o time está com pena do Goiás", referindo-se à posição que o adversário ocupa na tabela. Tal declaração mostra total despreparo do treinador, pois reflete sua ignorância com relação a este confronto. O Fluminense não estava com pena do Goiás. Não se trata de pena, pois jogaríamos da mesma maneira, sonolentos e desligados, se o Goiás fosse o líder do campeonato e estivesse destroçando seus adversários. A diferença é que nessa situação a goleada tomaria proporções muito mais humilhantes que a de ontem.
Desde 1978 jogamos mal no Serra Dourada. Sofremos a cada jogo. Em 17 jogos foram apenas 3 vitórias. Duas com o time que foi campeão brasileiro em 84 e outra em 2005, com o timaço montado pelo Abel. Fora isso, só vexame, vergonha e goleadas (uma por 6 a 1 e outra por 4 a 0). E o cientista maluco não pode dizer que não sabia disso, pois ele era o técnico em 2003 quando perdemos por 6 a 1.
A casa caiu. O laboratório explodiu e o professor Pardal vai ter que recomeçar suas experiências nesse laboratório sem pé nem cabeça, em que os elementos atendem pelo nome de Júnior César, Cícero e Tiuí... Pode dar certo qualquer experiência misturando esses elementos?
Do jeito que as coisas andam, nossa participação na Libertadores será tão breve quanto foi em 71 e 85. Não passaremos da primeira fase.
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