31 julho 2008

Quem vai parar a autodestruição do Flu?

O Fluminense prossegue, inexorável, a sua autodestruição. Guiado por doentes mentais, os pobres jogadores perdem a confiança em si mesmo e se afundam após mais uma derrota. Ontem, contra a Portuguesa, no Canindé, o Fluminense se aproximou mais um pouco do rebaixamento para a Série B.

O bando fez o seu tradicional desfile de passes errados e equívocos dentro de campo. Na beira do gramado, o psicopata Renato Gaúcho assistia, indiferente, a tragédia anunciada. Viu o jovem e inexperiente Tartá, equivocadamente escalado como homem de marcação, cometer 5 faltas seguidas no início do primeiro tempo. Ganhou um acertado cartão amarelo dado pelo fraquíssimo árbitro mineiro Alício Pena Júnior, por ter puxado a camisa de um adversário. Em outro lance, na lateral da área tricolor, Tartá rouba a bola limpamente e nova falta é marcada pelo fraco ou mal-intencionado Alício. Ele avisou, na próxima falta, seria expulso. Nada, entretanto, é capaz de abalar a passividade do psicopata. Todos que assistiam a partida sabiam o que estava para acontecer. Mas Renato Gaúcho não está nem aí para o Flu. Deixou o garoto ser expulso e definiu o resultado da partida.

Após o jogo, a habitual tirada da reta nas entrevistas: Não pode fazer nada por que está esperando os reforços. Não é santo para fazer milagres. Perdeu quatro jogadores importantes etc etc etc.

O Fluminense é realmente insuperável na sua capacidade de se autodestruir. Em qualquer outro clube do mundo este canalha já teria sido demitido há muito tempo. Nos melhores clubes nunca teria sido contratado. No Flu, não apenas nada acontece, como está prestigiado e recebeu um aumento há pouco mais de um mês, ganhando R$ 500 mil e tornando-se o técnico mais bem pago do país. Celso Barros, o patrocinador que cometeu essa asneira, não quer dar o braço a torcer e prestigia o maluco. Bate palma para maluco dançar. Renato já é uma unanimidade dentro do clube. Todos querem vê-lo no olho da rua. Todos, eu disse todos, dos jogadores até a diretoria. Ninguém agüenta mais ouvir suas desculpas, tirando seu corpo fora e culpando jogadores e diretoria.

Não vamos apenas criticar e apontar o impasse, como se não houvesse solução. A solução existe. Basta o "presidende" agir. Renato Gaúcho deve ser afastado. Que fique em casa, ou na praia, recebendo os R$ 500 mil que o Celso Barros quer pagar a ele. Mas que seja proibido de pisar nas Laranjeiras. Ou no Maracanã, quando o Fluminense for jogar. Que no seu lugar seja efetivado alguém que queira trabalhar, como Vinícius Eutrópio, Édson Cegonha ou Edgar.

FICHA TÉCNICA - SÚMULA:
PORTUGUESA 3 X 1 FLUMINENSE
Estádio: Canindé, São Paulo (SP)Data/hora: 30/7/2008 - 20h30 (de Brasília)


Árbitro: Alicio Pena Junior (Fifa-MG)
Auxiliares: Marcio Eustáquio Santiago(MG) e Rodrigo Otávio Baeta (MG)
Renda/público: 52.810,00 / 2.701 pagantes

Cartões amarelos: Patrício, Wilton Goiano, Gavilán, Carlos Alberto (POR); Tartá, Maurício, Anderson (FLU)Cartões vermelhos: Tartá, 36'/1ºT; Washington, 13'/2ºT (FLU)

GOLS: Conca, 19'/1ºT (0-1); Jonas, 27'/1ºT (1-1); Preto, 11'/2ºT (2-1); Jonas, 41'/2ºT (3-1)

PORTUGUESA: Sérgio, Patrício, Bruno Rodrigo, Ediglê e Bruno Recife (Vaguinho, intervalo); Gavilán, Carlos Alberto, Wilton Goiano (Erick, 19'/2ºT) e Preto; Jonas e Washington (Rogério, 32'/2ºT). Técnico: Valdir Espinosa.

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Maurício, Anderson, Roger e Uendel (Dodô, 35'/2ºT); Fabinho, Romeu (Somália, 28'/2ºT), Arouca, Tartá e Conca; Washington. Técnico: Renato Gaúcho.

29 julho 2008

Renato Gaúcho já caiu

Após a derrota de sábado contra o Cruzeiro, no Maracanã, por 3 a 1, onde vaias contra o "técnico" Renato Gaúcho passaram a ser ouvidas com maior intensidade, a imprensa começou a especular sobre a queda iminente de Renato. Não, Renato não está prestes a ser demitido. Renato já caiu.

O que se viu em campo foi, mais uma vez, um bando sem saber para onde correr, que posição guardar e, entregue ao adversário que conquistou uma vitória sem fazer força e sem jogar bem. O Cruzeiro não vencia o Fluminense no Maracanã desde 1972, e ganhou de presente esta vitória.

Sem lateral direito, Renato optou por improvisar o zagueiro Sandro na posição. Quem lesse a escalação no jornal imaginaria que o Fluminense entraria em campo jogando no 3-5-2, com Sandro, Luiz Alberto e Roger. Arouca jogaria na ala. Na prática, não foi exatamente isso o que se viu. Talvez por incompetência para armar o time no 3-5-2, Renato mandou o time à campo no tradicional 4-4-2. Sandro, deslocado para a lateral direita, era como um cego no tiroteio. Não sabia se apoiava ou se juntava-se aos zagueiros. Para piorar a situação, Ygor, o jabá de Renato, foi ressucitado e desfilou todo o seu repertório de passes errados. As vaias começaram ainda no primeiro tempo.

No intervalo, Renato tirou Ygor, mas o Fluminense não melhorou. O Cruzeiro dominou todo o jogo e poderia até ter conseguido uma goleada histórica, tivesse um mínimo de organização e ambição. Contentou-se com o 3 a 1.

Ao final do jogo, novas vaias e gritos de burro dirigidos a Renato Gaúcho, por parte de grande parte da torcida. Os fanáticos da Legião Tricolor, entretanto, continuaram com sua micareta particular. Estes não vaiam por dogma.

Mais do que a incompetência para mandar à campo um time minimamente organizado, Renato já caiu por que perdeu a confiança dos jogadores. Ninguém agüenta mais suas entrevistas tirando o corpo fora e jogando a culpa aqui e acolá. O Fluminense seguirá perdendo até o momento em que um técnico seja contratado. A diretoria ainda não o demitiu por que não tem dinheiro para contratar uma nova comissão técnica. Quem tem dinheiro é o patrocinador, que cometeu a sandice de renovar o contrato de Renato às vésperas da final da Libertadores, aumentando seu salário para R$ 500 mil. Além disso deixou sair o preparador físico Fábio Mahseredjian, que entrou em rota de colisão com o "técnico". Realmente, demitir Renato agora seria uma dura confissão de um erro para o Dr. Celso Barros.

Não importa, Renato já caiu. Já caiu para os jogadores e para os torcedores. Já caiu para a "diretoria" tricolor também. É uma fruta podre que só não se espatifou no chão por que o mecenas amarrou-a no galho. Resta saber quanto tempo ainda Celso Barros levará para reconhecer o erro. A situação do Fluminense está se tornando difícil a cada dia que passa. Para livrar o rebaixamento precisamos chegar aos 50 pontos. Temos míseros 13 pontos, ou seja precisamos de mais 37 pontos, ou 12 vitórias. Significa que precisamos vencer metade dos jogos que vamos disputar, ou todas as partidas em casa. Com Renato no comando não venceremos nem campeonato de porrinha, e a cada derrota em casa nossa dificuldade aumenta, pois implica em vencermos fora.

Será que após mais cinco derrotas Celso Barros continuará bancando Renato? Não sei, o tempo dirá. Como disse, Renato Gaúcho já caiu. Resta saber apenas se ele arrastará consigo o Fluminense para o poço pela segunda vez.

24 julho 2008

Marcelo de Lima Henrique: um larápio

Uma das atrações do jogo de ontem entre Vasco e Fluminense, que terminou empatado em 3 a 3 foi o árbitro Marcelo de Lima Henrique. Essa figura bizarra, que roubou descaradamente a favor do Flamengo na final da Taça Guanabara deste ano, foi alçado à condição de árbitro da FIFA - aberração que só poderia acontecer mesmo no Rio de Janeiro, um estado em que deputados chefiam milícias e a PM mata crianças de 3 anos de idade.

Confesso que estava curioso para assistir a atuação desta figura. O jogo em si, não me atraía muito. O Fluminense na zona de rebaixamento, jogando mal, sem os Thiagos que foram servir à seleção olímpica, e ainda sob o des-comando do fanfarrão Renato Gaúcho não é realmente um time para atrair o torcedor ao estádio. Ainda mais agora, com a apuração do envolvimento da diretoria tricolor com os cambistas e em sonegação de impostos na final da Taça Libertadores, em reportagens feitas pelo jornal O Globo. Essas coisas desestabilizam um time, afastam o torcedor do estádio...

Mas eu estava curioso para ver como ia se comportar o árbitro FIFA do Rio de Janeiro. Durante 20 anos o Fluminense sofreu todo o tipo de perseguições por parte da Federação do Rio de Janeiro. Sob o comando do Caixa D'Água, mancomunado com Eurico Miranda, todo tipo de roubo, armação e falcatrua foi feito para prejudicar o Fluminense. Eu me lembro da final de 1993, contra o Vasco. O bandido de preto, daquele jogo, atendia pelo nome de Daniel Pomeroy. O Fluminense havia surpreendido o Vasco na primeira partida da final, vencendo bem, por 2 a 1. O Vasco tinha a vantagem do empate, por um regulamento esdrúxulo da época. Foi para o segundo jogo disposto a segurar o empate. Tinha na figura do juiz um grande aliado. Truncou o jogo como nunca se tinha visto antes. Marcou 110 faltas na partida, um recorde mundial, mais de uma falta por minuto. Não houve jogo, e a partida terminou 0 x 0 para o Vasco poder ser campeão.

Daniel Pomeroy era o nome do bandido, nunca me esqueci dele. E curioso, quando ia para o Maracanã ontem, ouvi no rádio que o observador da arbitragem da partida de ontem seria ele mesmo: Daniel Pomeroy. Mau agouro. Um bandido observando um outro bandido.
Marcelo de Lima Henrique não truncou a partida como Daniel em 1993. Pelo contrário, talvez influenciado pela arbitragem à européia do gaúcho Leandro Vuaden, que apitou Palmeiras e Fluminense na semana passada, e foi bastante elogiado, ele preferiu deixar o jogo correr. Deixou o jogo correr e não marcou inúmeras faltas a favor do Fluminense, mas não se esqueceu de marcá-las a favor do Vasco. Ignorou o cartão quando Morais deu uma cotovelada em Conca, e mais tarde foi obrigado a expulsá-lo pela reincidência. Tampouco deu um cartão no pênalti em que Dodô ia fazer o gol e foi derrubado. Ele deve ter imaginado: já fiz muito em marcar este pênalti, não vão nem reparar se eu não der cartão.

Não me enganei. Vi um soprador de apito, um brincalhão fazendo o torcedor de bobo, e observado por um outro pior do que ele. Coisas da decadência da Cidade Maravilhosa. Quanto ao jogo? Que jogo? Foi uma pelada, digna do aterro do Flamengo.


VASCO 3 X 3 FLUMINENSE
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 23/7/2008 - 21h50 (de Brasília)

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Auxiliares: Wagner de Almeida Santos (RJ) e Ricardo Maurício Ferreira de Almeida (RJ)
Renda/Público: R$ 299.820,50 / 19.346 pagantes

Cartões amarelos: Junior Cesar, Washington, Conca (FLU); Eduardo Luiz, Souza, Morais (VAS)
Cartão vermelho: Morais, 38'2ºT

Gols: Edmundo, 18'/1ºT (1-0); Leandro Amaral, 7'/2ºT (2-0); Washington, 8'/2ºT (2-1); Edmundo, 13'/2ºT (3-1); Washington, 29'/2ºT (3-2); Tartá, 36'/2ºT (3-3);

VASCO: Tiago, Wagner Diniz, Luizão, Eduardo Luiz e Edu (Marcus Vinicius, 12'/2ºT); Rodrigo Antônio, Souza, Madson (Leandro Bomfim, 39'/2ºT) e Morais, Leandro Amaral e Edmundo (Jean, 34'/2ºT). Técnico: Antônio Lopes.

FLUMINENSE: Ricardo Berna, Rafael (Somália, 26'/2ºT), Roger, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho, Maurício (Tartá, intervalo), Arouca e Conca; Dodô e Washington. Técnico: Renato Gaúcho.

15 julho 2008

¿Por qué no te callas?

"Estamos cavalgando, degrau a degrau, subindo na tabela." A frase, proferida por Renato Gaúcho na entrevista coletiva após a vitória por 2 a 1 sobre o Vitória da Bahia, mostra o grau de inteligência do atual técnico do Fluminense. Ele provavelmente gostaria de dizer que estamos galgando posições na tabela, mas sua afinidade com o mundo eqüino e muar é tamanha, que o verbo cavalgar lhe veio à mente.

Parte da torcida tricolor já não o suporta mais. Outra parte ainda lhe dá crédito por ter feito o gol de barriga no centenário do Flamengo. O certo é que a cada dia o número de tricolores que ainda o apóiam diminui consideravelmente. A ponto de um tricolor ter levado ao Maracanã um cartaz de protesto com a frase celebrizada pelo rei Juan Carlos da Espanha.

¿Por qué no te callas?

Na entrevista coletiva, além da cavalgadura, pouco se aproveitou. Não admitiu os erros na campanha da Libertadores e disse que repetiria tudo novamente. Uma pena. O Fluminense voltaria a ser vice, com Ygor e Cícero em campo. O pior cego não é o que não enxerga, mas aquele que não quer enxergar. Pena que o repórter que o entrevistava não perguntou o porquê de Ygor ter sido barrado após a Libertadores. Uma vez que ele repetiria tudo novamente, não faz sentido alguma a barração de Ygor neste momento.


Bem, antes tarde do que nunca. Em campo, contra o Vitória, sem Ygor, barrado, Cícero, em negociações com o futebol alemão, e Fernando Henrique, suspenso, o Fluminense entrou em campo com um time mais próximo do ideal, mas ainda desencontrado e batendo cabeça. Fabinho, Dodô e Ricardo Berna deram conta do recado e mostraram mais futebol que os titulares, mas mesmo assim o Fluminense mostrou muitas dificuldades para chegar à vitória. Logo no início do jogo, o péssimo árbitro Leonardo Gaciba marcou pênalti duvidoso a favor do Fluminense, talvez contando com a má fase de nossos batedores. Ele provavelmente sabia que iríamos perder o pênalti, o que acabou acontecendo, através de Dodô.


Sofremos o primeiro gol no segundo tempo e empatamos através de Rafael, após a costumeira jogada de bola parada de Thiago Neves. Mais da metade dos gols tricolores saem dessa jogada. Com a entrada de Tartá no lugar de Fabinho, o time ganhou movimentação e velocidade, e passamos a dominar o meio campo. O gol da vitória de Dodô nos deu mais três importantes pontos que nos tiraram da lanterna, mas não da zona de rebaixamento. Como disse o "técnico", cavalgamos mais um degrau.



FICHA TÉCNICA - SÚMULA:


FLUMINENSE 2 X 1 VITÓRIA
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 12/7/2008 - 18h20 (de Brasília)


Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva(Fifa-RS)
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Marcia Bezerra Lopes Caetano (RO)
Renda/público: R$ 173.779,00 / 13.860 pagantes / 14.881 presentes


Cartões amarelos: Washington, Arouca (FLU); Renan, Vanderson, Marco Aurélio (VIT)

GOLS: Marquinhos, 12'/1ºT (0-1); Rafael, 26'/2ºT (1-1); Dodô, 36'/2ºT (2-1)



FLUMINENSE: Ricardo Berna, Rafael, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho (Tartá, 15'/2ºT), Arouca, Conca e Thiago Neves (Maurício, 39'/2ºT); Dodô e Washington (Somália, 16'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho.


VITÓRIA: Viáfara, Marco Aurélio, Thiago Gomes, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan, Willians (Marco Antônio, 34'/2ºT) e Ramón (Ricardinho, 34'/2ºT); Marquinhos e Dinei (Rodrigão, 40'/2ºT). Técnico: Vágner Mancini.

11 julho 2008

O estímulo que faltava

Assim como as declarações inconseqüentes do "técnico" Renato Gaúcho galvanizaram a torcida e a imprensa contra o Fluminense, bastou a publicação de um texto no site oficial do Atlético Paranaense, chamando o Fluminense de time de palhaços, para estimular os jogadores a conquistar a primeira vitória no campeonato brasileiro e, momentaneamente deixar a lanterna nos pés do Ipatinga.
O Fluminense não jogou bem. Apresentou as mesmas deficiências dos outros jogos, a mesma dificuldade de sair da defesa ao ataque e de manter a posse de bola. Jogamos o primeiro tempo quase todo dentro da nossa intermediária, na defesa. Se não fosse o goleiro Fernando Henrique, que comprovando a grande fase por que passa, fez grandes defesas e salvou o Flu de um resultado adverso em casa.
Ygor finalmente foi barrado. Dizem que mais por pressão da diretoria do que por opção do "técnico". Em seu lugar entrou Fabinho, que mostrou mais técnica e melhorou um pouco o toque de bola do time. O gol tricolor voltou a sair de bola parada. Após uma jogada individual de Conca, que arriscou um chute de longe, o goleiro cedeu o escanteio e, na cobrança, Conca manda a bola para a área, Thiago Silva desvia de cabeça e Dodô, também de cabeça, completa para o gol.
O Fluminense voltou um pouco melhor para o segundo tempo e ficou com um jogador a mais após a expulsão de Nei. A partir daí, o time recuou e sentiu a pressão do Atlético, que mesmo com um a menos, imprensou o Flu na defesa em busca do gol de empate. Nos minutos finais, Tartá entrou e mudou o panorama do jogo. Em dois contra-ataques, o Fluminense conseguiu dois gols e saiu de campo com um placar enganoso. No próximo sábado a batalha será contra o Vitória, que derrotou o Botafogo por 5 a 2. Uma parada duríssima.
FICHA TÉCNICA - SÚMULA:

FLUMINENSE 3 X 0 ATLÉTICO-PR
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 09/7/2008 - 20h30min (de Brasília)

Árbitro: Sálvio Spinola (Fifa-SP)
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Marcio Luiz Augusto (SP)
Renda/público: R$ 119.077,00 / 10.482 pagantes

Cartões amarelos: Rafael, Cícero, Fernando Henrique (FLU); Nei, Alan Bahia, Danilo (APR)
Cartões vermelhos: Nei, 15'/2ºT (APR)

GOLS: Dodô, 13'/1ºT (1-0); Conca, 39'/2ºT (2-0); Somália, 47'/2ºT (3-0)

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Rafael (Maurício, 42'/2ºT), Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho (Tartá, 23'/2ºT), Arouca, Cícero e Conca; Dodô e Washington (Somália, 36'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho.

ATLÉTICO-PR: Galatto, Danilo, Antônio Carlos e Rhodolfo; Nei, Valencia (Joãozinho, 36'/2ºT), Alan Bahia, Julio dos Santos (Douglas Maia, 19'/2ºT) e Márcio Azevedo; Ferreira e Pedro Oldoni (Gabriel, 22'/2ºT). Técnico Roberto Fernandes.

07 julho 2008

Lições do futebol

Em poucas palavras, o craque Tostão resumiu em sua crônica de domingo o que penso a respeito do Renato Gaúcho:

Antes do Fluminense perder o título, e mesmo nas suas vitórias, critiquei várias vezes Renato e a desorganização tática do time. Os brilhos foram quase sempre individuais. Não tenho certeza também se as críticas foram importantes e corretas, já que a equipe chegou à final. Temos o hábito de superdimensionar os acertos e erros dos treinadores.

Não vi nesse período as tantas qualidades que disseram de Renato no comando do time, como o chavão de "ter o grupo nas mãos". Na minha época de atleta, se um técnico dissesse no intervalo de um jogo que faltava vergonha aos jogadores, quando os erros eram muito mais do treinador, ele perdia a minha admiração e não me teria nas mãos. Mais do que aos erros técnicos, havia antes do jogo final uma grande repulsa ao comportamento prepotente e falastrão de Renato.

Logo que terminou o jogo contra o São Paulo, Renato se ajoelhou sozinho no centro do gramado para chamar a atenção sobre si, como se fosse a estrela do espetáculo e da vitória. Ele confunde e mistura o seu trabalho atual com o da época de jogador, quando era realmente uma das principais estrelas. Hoje, Renato e os outros técnicos são coadjuvantes.


Uma derrota serve como uma lição, mas é preciso que quem errou tenha vontade de aprender com o erro. Não parece ser o caso de Renato Gaúcho que, em entrevista coletiva, prometeu que o Fluminense se classificará para a Libertadores de 2009. Carregando a pilha da lanterna do campeonato, o Fluminense ficou mais distante ainda deste objetivo após perder para o Goiás no Serra Dourada, por 1 a 0, gol de Iarley. Apresentando o mesmo futebol desorganizado e pouco inspirado, o Fluminense mostrou ainda muito abatimento e pouca disposição diante do Goiás que buscava a recuperação e a primeira vitória em casa. O resultado não poderia ser diferente. Após o jogo, Renato e Branco reclamaram da arbitragem em entrevista coletiva, no que mais parece uma cortina de fumaça.

FICHA TÉCNICA - SÚMULA:

GOIÁS 1 X 0 FLUMINENSE

Estádio: Serra Dourada, Goiânia (GO)
Data/hora: 06/7/2008 - 18h10min (de Brasília)
Árbitro: Célio Amorim (SC)
Auxiliares: Eberval Lodetti (SC) e Luiz Fernando Irineu da Silva (MT)
Renda/público: R$ 115.580,00 / 6.529 pagantes
Cartões amarelos: Alex Terra, Frontini, Iarley, Fernando, Romerito (GOI); Thiago Silva, Tartá, Alan (FLU)
Cartões vermelhos: não houve
GOLS: Iarley, 27'/1ºT (1-0)

GOIÁS: Harlei, Rafael Marques, Henrique e Paulo Henrique; Vitor, Ramalho, Fernando, Paulo Baier (Fábio Bahia, 22'/2ºT) e Romerito; Alex Terra (Felipe, 29'/2ºT) e Iarley (Frontini, 42'/2ºT). Técnico: Hélio dos Anjos.

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Gabriel (Rafael, 31'/2ºT), Thiago Silva, Luiz Alberto, Junior Cesar; Ygor (Tartá, 15'/2ºT), Arouca (Alan, 37'/2ºT), Conca, Thiago Neves e Cícero; Dodô. Técnico: Renato Gaúcho.

05 julho 2008

Quem fala demais dá bom dia a Cevallos

Quem fala demais dá bom dia a Cevallos
A perda da Libertadores para a LDU deixou uma lição que dificilmente será aprendida pelos dirigentes tricolores, os grandes responsáveis pela derrota. Uma lição não, várias. Foram tantos os erros na preparação da equipe, comandada amadoristicamente pelo técnico boquirroto que mais uma vez prometeu o que não cumpriu. Renato Gaúcho, que definitivamente não é técnico de futebol, deveria tentar a carreira política onde certamente terá melhor sorte. E que leve junto seu pupilo Ygor. Os dois morreram abraçados na Copa Libertadores e levaram o Fluminense para o fundo do poço.


Acredito que as vitórias são vencidas pela alma, e o Fluminense entrou em campo derrotado. Derrotado pela empáfia de Renato Gaúcho, pela apresentação bisonha em Quito, pela preparação mal feita para os dois jogos da final. Mesmo derrotados, sem organização tática nenhuma, os jogadores foram heróis que conseguiram construir um final digno, ou uma linda derrota.

O árbitro também não teve nenhuma influência no resultado do jogo. Foi pênalti, mas quem garante que Cevallos não iria defender? Quem quer ser campeão não fica procurando culpados para seu insucesso, simplesmente atropela todas as adversidades. Como fez a LDU, que teve um gol anulado no final da prorrogação e venceu nos pênaltis. Se o Fluminense tivesse vencido nos pênaltis quem estaria reclamando do juiz seria a LDU. Reclamar do juiz é encobrir os próprios erros.

Erros como não ter aproveitado os 20 dias de intervalo após o jogo contra o Boca Juniors para ambientar-se na altitude de Quito. Erros como ter mantido um técnico falastrão que foi incapaz de dar padrão de jogo à equipe, que não sabe escalar e substituir, e deixa no banco Dodô, um dos seis jogadores do tricolor que foram escolhidos para a seleção da Libertadores. Erros como não ter levado o time para fora do Rio nos dias que antecederam a final. Treinando nas Laranjeiras, sob a vista da torcida e dos olheiros da LDU, os jogadores treinaram cobranças de pênaltis e Conca teve uma cobrança chutada no meio do gol e defendida por Fernando Henrique muito parecida com a que aconteceu no jogo. Coincidência? Não acredito.

A verdade é que paradoxalmente a LDU mostrou-se muito mais estruturada, preparada para a essa competição do que o Fluminense. Ouvi dizer que eles treinam em um CT com 16 campos de treinamento. Enquanto isso nós treinamos num campo esburacado nas ruínas do primeiro estádio construído no Brasil. Eles têm um técnico que deu padrão de jogo à equipe e nós temos um motivador que conseguiu desmotivar seu principal artilheiro.

O Fluminense pode até voltar a disputar uma final de Libertadores, mas do jeito que estamos organizados, não sei se ainda estarei vivo para ver isso acontecer. É uma pena que o Fluminense não esteja aproveitando os milhões de seu patrocinador para crescer de forma sustentada. É uma pena que o patrocinador esteja satisfeito com a arrogância de Renato, que coloca o Fluminense na mídia, embora de forma negativa e sem resultar em título. Quem fala demais dá bom dia a Cevallos.

FICHA TÉCNICA - SÚMULA:

FLUMINENSE 3(1) X 1(3) LDU

Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 2/7/2008 - 21h50min (de Brasília)
Árbitro: Héctor Baldassi (Fifa-ARG)
Auxiliares: Ricardo Casas (ARG) e Hernán Maidana (ARG)

Renda-público: R$3.910.044,00 - 78.918 pagantes / 86.027 presentes

Cartões amarelos: Luiz Alberto, Cícero e Thiago Silva (FLU); Bieler, Vera e Cevallos (LDU).

Cartão vermelho: Luiz Alberto, 15'/2ºT - prorrogação (FLU)

GOLS: Bolaños, 5'/1ºT (0-1); Thiago Neves, 11'/1ºT (1-1); Thiago Neves, 28'/1ºT (2-1); Thiago Neves, 12'/2ºT (3-1)

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Gabriel (Maurício, intervalo - prorrogação), Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor (Dodô, intervalo), Arouca (Roger, 5'/2ºT - prorrogação), Cícero, Conca e Thiago Neves; Washington. Técnico: Renato Gaúcho.

LDU: Cevallos, Calle, Jairo Campos e Norberto Araujo; Guerrón, Urrutia, Daniel Vera, Bolaños (Salas, intervalo - prorrogação), Manso (Willian Araujo, 42'/2ºT) e Ambrossi; Bieler. Técnico: Edgardo Bauza.

Pênaltis convertidos : Urrutia (LDU), Salas (LDU), Cícero (FLU) e Guerrón (LDU).

Pênaltis perdidos : Conca (FLU), Campos (LDU), Thiago Neves (FLU) e Washington (FLU).