30 abril 2007

A despedida de Joel

Thiago Silva
Pela primeira vez na temporada de 2007, com cerca de três meses de atraso, o Fluminense apresentou-se em campo jogando alguma coisa parecida com futebol. Durante o primeiro tempo do jogo contra o Bahia, pelas oitavas da Copa do Brasil, a torcida finalmente pôde assistir a trocas de passes envolvendo o adversário, a jogadores se apresentando nos espaços vazios para receber um passe. É bem verdade que o adversário era o Bahia, que expia seus pecados na terceira divisão, e que o Fluminense não conseguiu manter o ritmo por pouco mais de alguns minutos, mas esses poucos minutos serviram para os torcedores tricolores matarem a saudade do Fluminense.

O Fluminense abriu o placar logo no início do jogo, após bela jogada de Alex Dias, servindo a Arouca que cruzou para Carlos Alberto dominar e marcar. O Fluminense poderia ter ampliado o placar ainda no primeiro tempo. Teve volume de jogo para tal, o Bahia sequer se aventurava ao campo ofensivo e parecia conformado apenas em esperar por um momento mais favorável do jogo, ou por um cochilo do Fluminense. Entretanto o Fluminense não marcou novamente. Rafael Moura acertou a trave de Paulo Musse, num chute rasteiro de fora da área, e o péssimo árbitro catarinense Paulo Sérgio de Godoy Bezerra ignorou o pênalti claro cometido pela zaga baiana, um carrinho frontal no atacante que se preparava para arrematar a gol.

Bastou apenas um minuto do segundo tempo para a realidade se abater sobre o tricolor. Novamente o Fluminense volta sonolento e burocrático do vestiário (fico imaginando o que o técnico Joel Santana fala que dê tanto sono) e, após a saída de bola, um chuveirinho despretensioso da direita, uma saída em falso do Fernando Henrique, e a bola sobra para Fabio Saci completar de primeira para o gol vazio. O choque de realidade foi demais para o Fluminense, que parou de jogar futebol e voltou a praticar aquilo que nem sabemos como denominar: passes para o lado, para trás, jogadores se escondendo dos outros, alguns tentando resolver o jogo sozinhos. Desandou a maionese. Nos minutos finais, o desequilíbrio de Carlos Alberto o leva a fazer uma falta por trás. Ganha um cartão amarelo e, por reclamação, é expulso.

Não fiquei surpreso, aliás, era o que eu esperava, quando vi na escalação a vitória do grupo de Carlos Alberto: ele, Rafael Moura e Fernando Henrique, todos os três titulares. Não é segredo para ninguém que o Fluminense tem um grupo dividido. Houve uma rixa séria entre Carlos Alberto e Cícero, que pôde ser presenciada pela torcida claramente na comemoração fria de Cícero no seu primeiro gol pelo tricolor, contra o Vasco, e na sua recusa à ajuda oferecida por Carlos Alberto para calçar as luvas quando substituiu Fernando Henrique, expulso contra o Boavista. Um grupo dividido, cheio de panelinhas que não se falam, é receita certa para o fracasso. Joel não conseguiu unir o grupo e deu força ao grupo de Carlos Alberto, um jogador que tem sido uma grande decepção para a torcida tricolor. Com ele em campo, o Fluminense dificilmente vence e invariavelmente joga mal. Com ele, ganharam força também o fraquíssimo goleiro Fernando Henrique e o perna-de-pau Rafael Moura. Não poderia mesmo dar certo.

Sem poder de reação em campo, o Fluminense poderia ter sido derrotado, não fosse o time do Bahia tão fraco. A torcida perdeu a paciência e passou a vaiar Fernando Henrique cada vez que ele pegava na bola. Vaias também para Joel, além de gritos de “burro”. Alguns torcedores passaram a gritar o nome de Renato Gaúcho, recém demitido pelo Vasco. O coro por Renato Gaúcho ganha força e se faz ouvir em campo, apesar das muitas vaias de outros torcedores. Joel, à beira do campo, parecia indiferente ao que acontecia. Numa das muitas paralisações da partida, enquanto os jogadores do Bahia faziam cera, Joel ficava imóvel em sua área técnica, sem dar uma instrução aos jogadores. Bem diferente do Arturzinho, que aproveitava o tempo para reunir os seus jogadores e passar-lhes as suas instruções. A impressão que ficou é que Joel estava conformado com o que acontecia, e até desejava a demissão, para receber sua polpuda multa rescisória. E assim o Fluminense vai se individando cada vez mais graças a incompetência de Roberto Horcades, David Fischel, Marcelo Penha e Alcides Antunes... Joel Santana pode ficar tranqüilo pois será demitido e poderá receber sua multa rescisória. Se levar um calote será mais um a processar o Fluminense, e receberá o dinheiro daqui a alguns anos, acrescidos de juros, honorários advocatícios, acordos, etc.

A torcida, perdida e dividida, passou a gritar o nome do Marcão. Alguns torcedores vaiaram. E aí, um coro completamente sem sentido: “Ah, Magno Alves!!!”, também seguido de vaias. Pobre torcida tricolor que sente saudade até dos gols perdidos de Magno Alves...

Infelizmente, em pleno século XXI, o Fluminense continua rumando para o abismo, sendo dirigido de forma amadora por um bando de pessoas de interesses duvidosos. Dizem que ouvem os pedidos da torcida, mas seu ouvido é seletivo. Não foi a torcida uníssona que pediu por Renato Gaúcho, mas apenas parte dela. Um coro muito maior pede a saída de Fernando Henrique, não do time titular, mas das Laranjeiras, há muito tempo, e isso eles não ouvem. Há muitos interesses em jogo e infelizmente são todos mais fortes que os interesses do Fluminense Football Club.

FICHA TÉCNICA - SÚMULA
FLUMINENSE 1 X 1 BAHIA

Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 19/4/2007 - 20h30min (de Brasília)
Árbitro: Paulo Henrique de Godoy Bezerra (SC)

Renda/público: R$ 66.221,00 / 10.903 pagantes

Cartões amarelos: Thiago Silva, Luiz Alberto, Romeu e Carlos Alberto (FLU), Fausto, Rafael Bastos e Amauri (BAH)
Cartões vermelhos: Carlos Alberto (FLU)

GOLS: Carlos Alberto, 16'/1ºT (1-0); Fábio Saci, 1'/2ºT (1-1)

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Rafael, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Romeu, Arouca, Thiago Neves (André Moritz, 36'/2ºT) e Carlos Alberto; Alex Dias e Rafael Moura. Técnico: Joel Santana.

BAHIA: Paulo Musse, Maricá (Dudu, 18'/2ºT), Hebert, Rogério e Victor Boleta; Marcone, Fausto, Emerson Cris (Danilo Gomes, 34'/2ºT) e Rafael Bastos; Moré (Amauri, 24'/2ºT) e Fábio Saci. Técnico: Arturzinho.

08 abril 2007

Despedida melancólica

Carlos Alberto e Cícero
O Fluminense entrou em campo hoje, na última rodada da Taça Rio, esperando que um milagre acontecesse. Para se classificar para as finais do Carioca, o Fluminense precisava vencer o Boavista, no Maracanã, por três gols de diferença, e torcer para uma combinação de resultados: a vitória do Americano sobre o Volta Redonda, na cidade do aço, e a derrota do Friburguense para o Madureira, em Conselheiro Galvão. O milagre? Bem, o milagre seria o Fluminense jogar bem e golear o Boavista.

A torcida tricolor já jogou a toalha há muito tempo e não se deu ao trabalho de ir ao Maracanã torcer, com exceção de uns poucos abnegados e dos membros da torcida organizada que recebem ingressos gratuitamente para apoiar o time. Antes do jogo, o zagueiro Roger foi entrevistado e, perguntado se seria possível fazer três gols no Boavista, respondeu com sabedoria: “Calma, uma coisa de cada vez. Precisamos fazer o primeiro gol para desmantelar o time do Boavista e aí pode ser que os outros gols aconteçam.”

A tática poderia ter dado certo. O Fluminense teve duas chances logo no início do jogo. Na primeira, Alex Dias viu-se livre em frente ao goleiro mas não teve calma na conclusão. Na segunda, o gol tricolor. Após uma jogada aérea, Cícero completou de dentro da pequena área. Segundo o planejamento tricolor, era tudo que o Fluminense queria. Sair em vantagem logo aos 10 minutos de jogo. Mas não foi possível nem mesmo ensaiar uma pressão sobre o Boavista. No primeiro ataque do time de Saquarema, o péssimo zagueiro Luiz Alberto pipocou e o ponta esquerda deles caminhou livre para fazer o cruzamento para o centroavante.

O gol abalou o Fluminense que passou a ser dominado pelo Boavista. A virada não demorou muito, novamente em cima de Luiz Alberto. Um chute cruzado que um goleiro bom poderia pegar, mas o Fluminense não tem um goleiro bom. Não tem sequer um goleiro, quem joga nessa posição é Fernando Henrique, um misto de ginasta, bailarino e marketeiro. Fernando Henrique deu seu característico salto para cima e a bola entrou no canto.A partir daí não se viu mais futebol, pelo menos por parte do Fluminense, que estava muito confuso no estranho 3-5-2 armado pelo técnico Joel Santana. Um 3-5-2 sem ala esquerda, em que Roger, o terceiro zagueiro, é quem tinha que ocupar a ala esquerda pois Cícero jogava de meia. Ninguém entendeu esse esquema, nem a torcida, nem os jogadores.

No segundo tempo, Joel voltou ao 4-4-2 tirando Roger e colocando em campo o limitado Júnior César. No ataque, trocou Soares por Rafael Moura, outro jogador limitadíssimo. Em ritmo de treino, o Fluminense conseguiu a virada, com mais três gols em jogadas aéreas, através de Luiz Alberto, Rafael Moura e Carlos Alberto, em seu único lance de lucidez na partida. Foi talvez o pior jogador em campo.

No final do jogo, o Boavista lança uma bola ao ataque e Fernando Henrique hesita, bobeia, demora a sair do gol e precisa fazer pênalti sobre o atacante para evitar o gol. É expulso com justiça. Pena que foi na última partida do campeonato, não desfrutaremos do prazer de vê-lo fora do time na próxima partida... Como o Fluminense já havia feito três substituições, Cícero se apresenta para ir para o gol, mas não consegue defender o pênalti. E Cícero, que neste campeonato já jogou em todas as posições do meio campo, de atacante e lateral, joga também de goleiro. Só está faltando jogar de zagueiro para completar a lista, mas do jeito que o Fluminense é uma bagunça, pelo jeito não vai demorar muito.

O Fluminense precisa abrir o olho e começar a trabalhar sério. Chega de treinos de 29 minutos. Chega de conversa. O que é preciso é trabalho. Se falta entrosamento, então que os jogadores joguem oito horas por dia até ficarem cansados de tanto entrosamento. Alguns torcedores estão pedindo uma barca, uma lista de dispensa. Eu concordo, desde que seja uma barca de diretores, levando Roberto Horcades, David Fischel, Marcelo Penha e Alcides Antunes para bem longe das Laranjeiras. Xô assombrações! Vão assombrar outros clubes!

FICHA TÉCNICA:

FLUMINENSE 4 X 3 BOAVISTA

Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 8/4/2007 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Adriano Pereira Machado (RJ)
Auxiliares: Marcelo Fonseca Duarte (RJ) e Ricardo Maurício Ferreira da Almeida (RJ)

Renda/público: Rodada dupla

Cartões amarelos: Marcelo Cardoso, Léo Faria, Róbson (BOV)
Cartões vermelhos: Fernando Henrique, 37'/2ºT (FLU); Marcelo Cardoso, 43'/2ºT (BOV)

GOLS: Cícero, 8'/1ºT (1-0); Anselmo, 10'/1ºT (1-1); Paulo Rodrigues, 23'/1ºT (1-2); Luiz Alberto, 16'/2ºT (2-2); Rafael Moura, 26'/2ºT (3-2); Carlos Alberto, 34'/2ºT (4-2); Anselmo, 39'/2ºT (4-3)

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Carlinhos (David, 30'/2ºT), Luiz Alberto, Thiago Silva e Roger (Junior Cesar, intervalo); Fabinho, Arouca, Cícero e Carlos Alberto; Soares (Rafael Moura, intervalo) e Alex Dias. Técnico: Joel Santana.

BOAVISTA: Erivélton, Paulo Rodrigues, Róbson (Glauber, 40'/2ºT), Váldson e Arílson; Éverton, Marcelo Cardoso, Léo Faria e Thiaguinho (Bruno Moreno, 27'/2ºT); Flávio Santos (Alex Alves, 19'/2ºT) e Anselmo. Técnico: Gaúcho.

07 abril 2007

Muita conversa e pouco trabalho

Após a vergonhosa derrota para o América de Natal, com um jogador a menos e desfalcado de Souza, o seu melhor jogador, o Fluminense parece ter finalmente acordado para a realidade de que a continuar assim, será um sério candidato ao rebaixamento no campeonato brasileiro.

A tragédia só não foi maior por que a vitória por 2x1 em Natal classificou o Flu para a próxima fase da Copa do Brasil, onde irá enfrentar o Bahia, um time que costuma complicar as coisas para nós. Como se já não estivessem tão complicadas... A derrota do Vasco para o Gama, no jogo de fundo, ajudou a tirar o foco da péssima partida que o Fluminense jogou. Toda a imprensa só tinha olhos para o milésimo gol de Romário, que acabou não saindo. Quem saiu foi o Vasco, da Copa do Brasil.

No dia seguinte, quase ninguém apareceu nas Laranjeiras, os jogadores ganharam folga. Quando voltaram ao "trabalho", foi para ouvir um sermão de quase uma hora de duração do "presidente" Roberto Horcades, pedindo empenho. Depois do sermão, um coletivo de apenas 29 minutos. Foi só.

Praticamente eliminado do campeonato carioca e jogando um futebol medíocre, o Fluminense ainda está muito longe do que precisa para fazer uma campanha sem risco nesse campeonato brasileiro. O primeiro semestre está prestes a se encerrar. Temos apenas pela frente a Copa do Brasil, mas sem padrão tático nem o mais fanático tricolor acredita que o time irá longe. Além da falta de padrão, o time está dividido, como ficou claro nas palavras de Luiz Alberto após o mais recente vexame, contra o time potiguar, reclamando de Carlos Alberto.

Joel, completamente perdido nas escalações e constantes trocas, não consegue decidir se Cícero é meia, atacante ou ala. Domingo, contra o Boavista, na despedida do campeonato carioca, Cícero será ala. O Fluminense voltará ao 3-5-2, o esquema que, nos últimos dois anos, ainda nos deu alguns minutos de bom futebol. Em 2005, sob o comando do Abel, e no ano passado, em alguns poucos jogos com o Oswaldo de Oliveira. Não há muitas esperanças, com esse elenco rachado e esse treinador egocêntrico, mas o 3-5-2 é a única opção possível (e que já deveria ter sido implantada há muito tempo). Pobre Cícero, que vai para o sacrifício novamente.

02 abril 2007

Vexame em Moça Bonita

Alex Dias
O Fluminense praticamente deu adeus ao campeonato carioca com a derrota de ontem para o Americano, em Moça Bonita. Será o segundo ano seguido em que não conseguimos nos classificar sequer para uma semifinal de turno no campeonato carioca. Sinal de que estamos prestes a repetir o papelão do ano passado quando lutamos para não sermos rebaixados no campeonato brasileiro.

Após a vitória espírita sobre o Flamengo na semana passada, Joel acreditou que os deuses do futebol continuariam a empurrar o Fluminense para a frente. Precisando da vitória sobre o violento e retrancado time do Americano, não se sabe porquê resolveu escalar o Fluminense num 4-5-1, somente com Alex Dias na frente. O Fluminense foi patético no primeiro tempo e pouco apresentou de bom. A única boa presença em campo foi a volta de Arouca, que mostrou a lucidez de sempre. Lucidez que faltava no banco do Fluminense. Joel assistia a tudo passivamente e não mudou o time no primeiro tempo.

No intervalo, corrigiu o erro que cometera, arrumando o time no 4-4-2 que vinha sendo o esquema em todas as partidas, trazendo Soares de volta ao time. Mas errou na substituição, tirando André Moritz, que tinha boa presença e chegou mesmo a finalizar duas vezes no primeiro tempo. Arouca cansou e passou a ser bem marcado no segundo tempo. Mesmo assim, o Fluminense voltou melhor e dominou boa parte do jogo. Mas não conseguia criar boas oportunidades e quando conseguia criar uma chance, desperdiçava de forma bisonha, como numa subida ao ataque do zagueiro Luiz Alberto, quando este teve a chance de deixar um companheiro na cara do gol mas preferiu arriscar uma cabeçada e mandou para fora.

Quando o Fluminense estava melhor em campo, o Americano chegou ao gol. Num escanteio da direita, a zaga do Fluminense deixa o atacante cabecear livre para o gol. A bola passa entre as mãos do goleiro Fernando Henrique que falha novamente. O gol abalou o tricolor que a partir desse momento foi inteiramente dominado pelo adversário, que por pouco não ampliou o placar.

O desespero tricolor se evidenciou na substituição de Ivan por Rafael Moura, um atacante trombador que briga com a bola. Pior do que isso somente a cotovelada que Thiago Neves deu no jogador do Americano, rasgando-lhe a face. Quando os jogadores do Fluminense pensaram em reclamar da expulsão, deram de cara com o sangue no rosto do jogador campista e desistiram da reclamação. Nem podemos reclamar dos dois pênaltis não marcados a nosso favor pelo péssimo árbitro Marcelo de Lima Henrique. Um time que joga desse jeito não pode reclamar de nada.






FICHA TÉCNICA -
SÚMULA
AMERICANO 1 x 0 FLUMINENSE

Estádio: Moça Bonita, Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 1/4/2007 - 16h (de Brasília)

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Auxiliares: Nalcy José da Silva e Sérgio Ribeiro Teixeira(RJ)

Cartões amarelos: Índio, Fabinho e Pardal(AMR); Ivan, Carlinhos(FLU)
Cartão vermelho: Thiago Neves(FLU)

Borderô:
Renda: R$ 12.060,00
Público pagante: 1.047

GOL: Diogo - 26´/2ºT(AMR)

AMERICANO: Jefferson, Anderson, Fabão e Leandro; Fabinho, Índio(Diogo/intervalo), Kim (Caetano - 15´/2ºT), Carlos Eduardo (Gugu - 10´/2ºT) e Pirão; Pardal e Diego - Técnico: Válter Ferreira

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Carlinhos, Thiago Silva, Luiz Alberto e Ivan(Rafael Moura - 28´/2ºT); Fabinho, Arouca, David (Thiago Neves - 19´/2ºT) e André Moritz (Soares/intervalo); Cícero e Alex Dias - Técnico: Joel Santana